Suspeita de violência sexual assombra ídolos do futebol

Casos judiciais envolvendo Robinho, Cristiano Ronaldo e Neymar geram estrondosa cobertura da mídia

17 out 2020 - 14h27

Grandes jogadores de futebol estão unidos por fama, fortuna e admiração dos torcedores. Mas alguns deles também se conectaram por um aspecto negativo: a acusação de assédio sexual ou estupro. Nesses casos, eles saíram da crônica esportiva e ocuparam espaço indesejado nas páginas policiais.

Robinho, Cristiano Ronaldo e Neymar: acusações de crime sexual abalaram carreiras brilhantes
Robinho, Cristiano Ronaldo e Neymar: acusações de crime sexual abalaram carreiras brilhantes
Foto: Divulgação

O assunto voltou à tona com a contratação de Robinho pelo Santos. Na noite de sexta-feira (16), o acordo foi rompido em comum acordo após vários dias de repercussão desfavorável na imprensa, nas redes sociais e em parte da torcida do time.

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O atleta, de 36 anos, foi condenado em primeira instância por um tribunal de Milão, na Itália, em 2017, a nove anos de prisão por violência sexual em grupo contra uma jovem de origem albanesa. Os advogados dele alegam que o atacante é inocente e recorreram da sentença.

A reação contrária ao retorno de Robinho ao Santos ganhou força após a postagem de matéria relembrando esse lamentável episódio no portal globoesporte, do Grupo Globo, com destaque para a transcrição de conversas do jogador com um amigo também condenado por participação no alegado estupro coletivo.

A ‘Folha de S. Paulo’ informou que o jogador disse em áudios enviados a amigos que se sente perseguido pela TV Globo e chegou a se comparar ao presidente Jair Bolsonaro, que se coloca como vítima do jornalismo do canal da família Marinho por ser frequentemente contestado e criticado em seus telejornais.

Outro astro da bola em situação delicada por questão semelhante é Cristiano Ronaldo. Uma ex-modelo americana, Kathryn Myorga, o acusou de violência sexual em 2009. Na época, houve um acordo: ela recebeu do craque 318 mil euros (cerca de R$ 760 mil na ocasião).

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Agora, Kathryn alega que estava emocionalmente abalada quando aceitou o pacto de confidencialidade e exige nova indenização de alguns milhões de dólares. A acusadora será submetida a uma avaliação psicológica. A partir do resultado do exame, um juiz vai decidir se a vítima tem ou não direito a outra reparação financeira de CR7.

No ano passado, quem protagonizou um escândalo sexual foi Neymar. Depois de dois encontros em um quarto de hotel em Paris, na França, a modelo Najila Trindade o acusou de agressão física e estupro. O caso mobilizou a imprensa internacional.

A juíza do caso acatou a sugestão do Ministério Público e arquivou a denúncia por falta de provas. No início de outubro, o atacante do Paris Saint-Germain se livrou também do inquérito no qual era acusado de expor fotos íntimas de Najila na intenção de provar sua inocência.

Acusações de crime sexual também afetaram Karim Benzema, Franck Ribery, David De Gea, Adam Johnson, Van Persie, entre outros. O arquivamento do caso ou a absolvição na Justiça não foram suficientes para reparar o abalo à imagem pública da maioria dos jogadores acusados. Inocentes ou não, eles foram previamente julgados por parte da imprensa e pelo tribunal da internet. A marca na biografia nem o tempo será capaz de apagar.

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