A ineficiência da propaganda eleitoral obrigatória na TV é quase consenso entre os telespectadores.
Para a maioria das pessoas, o blábláblá dos políticos serve apenas para atrapalhar a programação.
Infelizmente, os políticos desperdiçam valioso espaço no mais influente veículo de comunicação do País com promessas fantasiosas, discursos pouco convincentes e trocas de acusações que às vezes descambam para a baixaria.
E quando a gente acha que não pode piorar, é surpreendido pelas inserções esdrúxulas de Tiririca nos intervalos.
A nova peça estreou nesta quinta-feira (20): o deputado que tenta a reeleição faz uma paródia de baixíssima qualidade da música Que Tiro Foi Esse, da funkeira carioca Jojô Maronttinni, mais conhecida como Jojô Todynho.
O humorista usa gigantescos seios postiços ‘cobertos’ por um micro biquíni, além de peruca, jeans justo, corrente dourada e boné.
Ao invés de cantar “Que tiro foi esse? Que tiro foi esse que tá um arraso?!”, o coro de Tiririca berra “Que voto é esse? Que você é esse, vai ser um arraso”.
Duas dançarinas com o número do candidato escrito na calça colada, na altura do bumbum, rebolam alegremente ao lado do parlamentar. Cena digna dos anais do ‘trash’ televisivo.
A propaganda eleitoral no rádio e na TV faz o governo repassar mais de 500 milhões de reais às emissoras. É dinheiro que sai do bolso dos contribuintes.
O deboche de Tiririca é representativo da falta de respeito ao telespectador-eleitor por parte de muitos candidatos.
Não deveria ser permitido fazer piada de mau gosto – com flagrante objetificação do corpo feminino – no horário político financiado pelo povo.
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