Imagine Fátima Bernardes se transferir da Globo para a RecordTV e, pouco depois, abandonar o canal do bispo Edir Macedo para voltar à Globo como sócia da emissora. Algo semelhante aconteceu com uma das apresentadoras mais populares da televisão portuguesa, Cristina Ferreira.
Em 2018, após 16 anos na TVI, ela migrou para a rival SIC, onde passou a comandar o principal programa matinal. No mês passado, a comunicadora surpreendeu a todos ao romper unilateralmente o contrato para retornar à TVI, agora como diretora de entretenimento e ficção e acionista do grupo proprietário do canal.
A princípio, a cúpula da SIC reagiu com diplomacia. Agora a postura mudou: a emissora exige receber de Cristina Ferreira indenização de 20 milhões e 202 mil euros, o equivalente a 135 milhões de reais. A empresa alega que a saída abrupta gerou colossal prejuízo devido à suspensão de vários contratos publicitários. O acordo entre as partes venceria apenas em dezembro de 2022.
"Essa quantia não tem qualquer fundamento", afirma a apresentadora. Na nova fase na TVI, ela vai ganhar salário anual de 2,6 milhões de euros, cerca de 17,5 milhões de reais. Aos 42 anos, Cristina Ferreira tem sua própria revista e ampla linha de produtos. Já foi eleita a mulher mais sexy de Portugal e hoje é a artista mais poderosa do País.