Poucos profissionais de TV conseguem ser livres. Neste caso, liberdade significa tomar decisões com base exclusivamente na própria consciência. Mariana Ferrão acaba de mostrar que faz parte deste seleto grupo.
A apresentadora não quis renovar contrato com a Globo. Já deixou o comando do Bem-Estar, onde era vista diariamente desde a estreia do programa, em fevereiro de 2011.
“Estava na hora de tocar meus projetos pessoais”, disse a jornalista em vídeo postado no Instagram, na manhã desta terça-feira (19).
“A sensação é essa de liberdade; a sensação é de ser eu mesma e de estar fortalecida para ir atrás de quem eu realmente sou.”
Em post anterior na mesma rede social, Mariana Ferrão destacou a importância de lutar contra o medo. Libertar-se desse sentimento incapacitante.
Sua saída da Globo prova que ela não teme o futuro. Está convicta de que há vida fora da emissora. Sua felicidade não está atrelada ao status do crachá de ‘global’.
Ainda é uma exceção. O que se vê nos corredores das grandes redes de TV são apresentadores com alto grau de ansiedade e dependência emocional.
Temem perder o posto, ter o tapete puxado por concorrentes internos, ser obrigados a trabalhar em canais menos prestigiados ou ficar longe das câmeras. O ambiente televisivo é altamente tóxico. Pode prejudicar a sanidade mental.
Assim como Ferrão, outros apresentadores deixaram a Globo por vontade própria para viver sem tanta pressão e batalhar pela realização de sonhos.
Entre eles, Ana Paula Padrão, Carla Vilhena, Evaristo Costa, Flávia Freire, Mara Luquet e Cristina Serra. Hoje, todos afirmam ter feito a coisa certa. Parecem felizes, profissionalmente.
Pelo que se sabe, a insatisfação de Mariana Ferrão com a emissora era antiga, e agravou-se após a cúpula do canal tirar do ar seu colega de programa Fernando Rocha, no final de fevereiro.
A saída dos dois gera um grande perdedor: a Globo. É mais uma notícia ruim em uma fase bastante negativa pela qual a empresa passa.
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