Há coincidências que realmente impressionam. Vanusa morreu neste 8 de novembro, dia de nascimento de seu primeiro marido, o cantor Antônio Marcos (1945-1992), pai de suas filhas Aretha e Amanda. Os dois formaram um dos casais mais belos e famosos do meio artístico. Estampavam capas de revistas, frequentavam programas de TV, eram copiados. Foram ídolos nas décadas de 1970 e 1980. “Ele foi o primeiro amor da minha vida”, confessou a artista a Gugu Liberato em entrevista de 2016, na RecordTV.
A carreira de Vanusa começou quando ela tinha 16 anos. Ao longo de sua trajetória colecionou vários sucessos, a exemplo de ‘Manhãs de Setembro’. Dona de voz poderosa, ela revelou que ficava abalada quando ouvia os CDs do ex-marido para amenizar a saudade. “Escuto e choro, choro, choro”, disse. “Sinto muito a falta dele, foi embora muito cedo. Foi um grande cantor e a pessoa que mais amei, porque foi o primeiro.”
O segundo marido da cantora também era do meio artístico, o diretor de TV César Augusto Vannucci (1934-1992). Do relacionamento nasceu Rafael Vannucci, famoso por ter vencido a segunda edição do reality show ‘A Casa dos Artistas’ 2, do SBT. Nos últimos anos, ele era o responsável pelo tratamento de saúde da mãe, que vivia em uma casa de repouso no litoral paulista.
Longe dos palcos e dos estúdios de TV devido a alguns problemas de saúde, inclusive depressão, Vanusa teve um fim de vida em reclusão. Lembra o crepúsculo solitário e penoso de divas da música como a grego-americana Maria Callas (1923-1977) e francesa Edith Piaf (1915-1963), imortalizadas por canções tristes sobre o amor. Aliás, Vanusa gravou no álbum ‘Hino ao Amor’, de 1994, uma versão de ‘Hymne à l’amour', um clássico de Piaf. Assim como a intérprete parisiense, Vanusa morreu afastada da mídia após profundo sofrimento físico e dores emocionais por amores perdidos.