Nascido em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Wagner Montes morreu neste sábado, dia 26, no Rio de Janeiro, após enfrentar vários problemas de saúde nos últimos anos.
Formado em Direito, o jornalista começou no rádio. A popularidade instantânea o fez se aventurar como ator de cinema e logo depois estreou na televisão.
Foi um dos primeiros repórteres e apresentadores do SBT. Ficou famoso em programas antológicos como O Povo na TV.
Mas sentiu o gosto do estrelato em outra função: jurado do Show de Calouros. Boa pinta, era tratado como grande galã pelo patrão Silvio Santos.
Wagner atuou por mais de 15 anos ao lado de ícones do formato como Elke Maravilha e Pedro de Lara.
Eram hilárias as cenas de ciúme que Montes provocava em sua mulher, a também jurada Sônia Lima, quando flertava com convidadas e moças da plateia.
Na RecordTV, o jornalista voltou à cobertura policial. Seu estilo ‘sem filtro’ fez a emissora ameaçar a liderança de audiência da Globo na hora do almoço. O bordão “Escrachaaa!” virou gíria carioca.
O sucesso diante das câmeras o fez se lançar na política. Conseguiu três mandatos consecutivos na Assembleia Legislativa do Rio. No final de 2018, conquistou o primeiro mandato como deputado federal.
Muito antes da fama do agora presidente Jair Bolsonaro, Wagner Montes já defendia a atuação enérgica da polícia e desafiava os bandidos.
O galã da década de 1980 que teve a perna direita amputada por conta de um acidente de triciclo quando tinha 27 anos se tornou um senhor bonachão que jamais perdia o bom humor. Adorava o autodeboche.
O estilo piadista e a risada sonora ficarão na memória dos fãs.