Dados da Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência (Secom), repercutidos na imprensa, revelam que o governo quase dobrou as verbas de publicidade à Globo de 2021 a 2022: de R$ 6,4 milhões para R$ 11,4 milhões.
Neste ano, a rede carioca vai receber a maior quantia desde que o presidente assumiu o Palácio do Planalto – a menor foi em 2020, R$ 2,4 milhões.
A receita vinda do governo na reta final da gestão de Bolsonaro representa menos de 0,1% do faturamento previsto pela agência norte-americana Fitch para o Grupo Globo em 2022, R$ 15,7 bilhões.
Nos quatro anos de mandato de Jair Bolsonaro, a emissora da família Marinho foi contemplada com R$ 27,5 milhões para exibir campanhas federais em seus intervalos.
A propaganda federal, definitivamente, nunca foi imprescindível para o maior grupo de mídia do País. A tal “mamata” denunciada tantas vezes pelo presidente é mera retórica eleitoreira.
Já a Presidência, ao injetar mais dinheiro para ampliar sua visibilidade na Globo, admite a importância do canal líder em audiência no ano em que Bolsonaro tentará a reeleição.
Na média aferida das 7h à meia-noite, a emissora do ‘plim-plim’ atrai mais público do que os 4 principais canais concorrentes juntos. Ignorá-la é abrir mão de uma poderosa vitrine vista por mais de 100 milhões de brasileiros diariamente.
Com Jair Bolsonaro no poder, a emissora que mais recebeu verbas publicitárias do governo foi a Record (R$ 33,6 milhões), do aliado bispo Edir Macedo. Segundo lugar para o SBT (R$ 28,4 milhões), do também bolsonarista Silvio Santos.
A Globo aparece em terceiro com os já citados R$ 27,5 milhões. Quarta colocação no ranking para a Band (R$ 10,4 milhões). Em quinto, a RedeTV! (R$ 4,7 milhões).