Cada vez mais brasileiros trocam a tela grande das TVs modernas por telinhas móveis. Pesquisa da Kantar IBOPE Media revela aumento de 41% no consumo de conteúdo televisivo por celulares e tablets, entre janeiro e outubro deste ano.
A média por pessoa é de 1 hora e 38 minutos por dia. Em agosto, mês da transmissão dos Jogos Olímpicos do Rio, o brasileiro ficou ainda mais tempo assistindo à TV em dispositivos: 2 horas diárias.
A disseminação desse hábito diz muito a respeito da mudança no comportamento do telespectador. Desde a inauguração da TV no país, em 1950, o brasileiro adequava sua vida aos horários da programação.
Era comum marcar compromissos para 'depois da novela' ou se apressar para chegar em casa a tempo de ver o telejornal ou um filme inédito.
Isso mudou na última década. Hoje, as emissoras disponibilizam seus programas em sites, aplicativos e até nas redes sociais.
O telespectador ganhou poder e independência. Vê o que quer, quando quer, na plataforma que desejar. Agora é a televisão que corre atrás do público, oferecendo facilidades para acessar a programação.
A TV ainda faz parte da rotina da maioria dos lares brasileiros e mantém relevante influência nas opções de consumo e de formação de pensamento de quem a consume.
Mas, para milhões de pessoas, deixou de ser o principal aparelho de acesso ao entretenimento e à informação.
O celular reina.
