De hoje até quinta-feira (30), o ‘Jornal Nacional’ receberá na redação-estúdio, no Rio, quatro dos cinco candidatos melhor posicionados nas pesquisas de intenção de votos à Presidência da República.
O primeiro a ser sabatinado será Ciro Gomes. Amanhã, Jair Bolsonaro. Na quarta, a vez de Geraldo Alckmin. Quinta-feira, Marina Silva.
Lula, que está preso na PF, em Curitiba (PR), desde abril, não teve a participação anunciada pela emissora.
Seu vice na chapa, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, que o representa em eventos de campanha, não foi convidado.
“Pra chegar ao Brasil que você quer para o futuro, só tem um caminho: voto bem pensado”, diz o âncora e editor-chefe do ‘JN’ William Bonner na chamada da série de entrevistas.
Essa campanha por uma escolha consciente na hora de eleger os próximos governantes e legisladores fez o Grupo Globo criar a plataforma Fato ou Fake, dedicada a combater as fake news.
O serviço de verificação de informações em circulação na internet atua para negar boatos que incluem a própria Rede Globo, que sempre se torna um alvo fácil em períodos eleitorais.
Há anos sob o rótulo de ‘Globo golpista’, a emissora faz o possível para reafirmar sua imparcialidade jornalística. Contudo, seus críticos e ‘haters’ ainda são numerosos.
Bonner e sua companheira de bancada, Renata Vasconcellos, vão entrevistar cada presidenciável por 25 minutos.
Nestas edições especiais, prevê-se uma audiência média de 30 pontos, algo em torno de 6 milhões de telespectadores somente na Grande São Paulo, principal praça de aferição da Kantar/Ibope.
As entrevistas com os postulantes ao Palácio do Planalto na Globo sempre geram repercussão ruidosa.
Em 2014, o ‘duelo’ entre Bonner e a então presidente Dilma Rousseff, em campanha à reeleição, dividiu o País e produziu elogios, reprovações, ironias e hashtags nas redes sociais.
Durante os 15 minutos e 52 segundos de duração da conversa, o apresentador interrompeu a candidata do PT 21 vezes – a sabatina de outros candidatos não teve a mesma quantidade de questionamentos.
Na ocasião, Bonner recorreu ao Twitter para explicar sua postura: “Jornalista que não é incisivo com o entrevistado vira assessor de imprensa”.
Ao longo desta semana, após deixar o ‘JN’, os quatro candidatos serão conduzidos até o estúdio do ‘Jornal das 10’, da GloboNews, no mesmo complexo de prédios do jornalismo da Globo no Jardim Botânico, zona sul do Rio.
No principal telejornal da TV paga, os presidenciáveis vão encarar o âncora Heraldo Pereira e os comentaristas Cristiana Lôbo, Gerson Camarotti e Merval Pereira.
Na semana de 17 de setembro, será a vez de o ‘Jornal da Globo’, ancorado por Renata Lo Prete do estúdio em São Paulo, realizar sua série de entrevistas com os presidenciáveis.
O canal da família Marinho promoverá o debate com os candidatos ao cargo mais poderoso do País em 4 de outubro, três dias antes do primeiro turno da eleição.