Fernando Rêgo Barros já atualizou seu perfil nas redes sociais. Deixou de se identificar como ‘jornalista da Globo’. Na segunda-feira (7), ele foi demitido após cumprir o plantão de fim de semana.
No sábado apareceu pela última vez no ‘Jornal Nacional’. Estava na emissora desde 1989, quando foi contratado pela Globo Nordeste, em Recife. Nos últimos anos, atuou na cobertura política em Brasília.
A notícia da demissão do veterano surpreendeu as redações da Globo em todo o País. Apesar da onda de cortes promovida pelo RH nos últimos tempos, ele parecia blindado.
Além de repórter de rede (aquele que aparece nos telejornais nacionais), Rêgo Barros era comentarista no ‘Jornal da Globo’. Desempenhou a mesma função no ‘Jornal das 10’, da GloboNews, no ano passado.
Aos olhos dos colegas, ele ganhava cada vez mais prestígio com a cúpula global e logo poderia conquistar um posto de âncora. Mas não escapou do critério aplicado na TV da família Marinho para reduzir despesas: demitir os jornalistas mais velhos e com salários maiores.
“Amigos, chegou a minha vez”, comunicou Fernando em e-mail de despedida. “Sou muito grato à Globo e lamento que seja assim. Mas a gente precisa estar preparado para a realidade das empresas.”
Rêgo Barros junta-se a outros ‘medalhões’ do telejornalismo da Globo dispensados recentemente. Entre eles, Francisco José (46 anos de casa), Isabela Assumpção (41 anos na empresa), Renato Machado (39 anos no canal) e Ari Peixoto (34 anos de emissora).