Datena leva tombos, fica preso na lama e se emociona ao falar dos mortos em SP

Apresentador segura o choro ao imaginar o desespero de quem lutou contra a morte nos deslizamentos provocados pelas chuvas no litoral

22 fev 2023 - 00h58

José Luiz Datena saiu da sede da Band, no bairro do Morumbi, em São Paulo, e foi até São Sebastião, no Litoral Norte, para mostrar a tragédia provocada pelas fortes chuvas.

Ao andar por uma área de risco, onde houve deslizamento de terra, o jornalista de 65 anos se desequilibrou e caiu de joelho. “É muito difícil, mas eu vou tentar”, avisou.

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Levantou-se para tentar seguir. Não conseguiu dar nenhum passo. Afundou os pés na lama e caiu sentado.

Imobilizado pela terra molhada, ele sentiu na pele o drama das vítimas. “Foi assim que as pessoas morreram, você não consegue tirar o pé.”

Mesmo alto e forte, ele demonstrou cansaço ao lutar contra o lamaçal. Precisou da ajuda de sua equipe para ficar de pé. Emocionou-se ao comentar o drama de quem não conseguiu se salvar.

“Eu imagino o desespero dessas pessoas para sair dessa massa de lama. Meu Deus! Foi assim que as pessoas morreram”, disse, afobado.

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“Eu tô aqui imaginando a agonia das pessoas presas e tentando sair dessa tumba armada pela natureza. É impossível, quando a lama vem, alguém sair daqui. Imagine crianças, mulheres, pessoas de idade...”

O esforço do veterano apresentador merece reconhecimento. Ele saiu de sua zona de conforto para ir ao encontro da notícia.

Poderia ter continuado a conduzir a cobertura no confortável estúdio do ‘Brasil Urgente’, com ar-condicionado e nenhum risco à saúde.

Mostrou não ter perdido a alma de repórter, função desempenhada por ele ao longo de muitos anos antes de se tornar apresentador.

Lugar de jornalista é na rua. Estar no epicentro da notícia melhora a percepção dos acontecimentos e contribui para relatos mais autênticos.

Lamentavelmente, poucos âncoras de telejornal foram enviados ao cenário da catástrofe no Litoral Paulista. Os relatos completos têm sido feitos por repórteres no local.

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Uma exceção foi a GloboNews, que deslocou Bete Pacheco do estúdio da capital paulista para São Sebastião, de onde ela ancorou o ‘Conexão’. Sua presença fez a diferença, assim como ocorreu com a experiência de Datena exibida na TV.

Datena sentiu na pele o drama das pessoas cercadas de lama e se comoveu ao falar dos mortos
Datena sentiu na pele o drama das pessoas cercadas de lama e se comoveu ao falar dos mortos
Foto: Reprodução/TV

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