Mulher na faixa dos 35 anos. Este é o perfil dominante entre os telespectadores de reality shows na TV aberta brasileira. A pesquisa foi realizada pela GfK no 1º trimestre deste ano, em 15 regiões metropolitanas.
Deborah Secco, de 37 anos, fã ardorosa do ‘Big Brother Brasil’ – a ponto de ligar para a ganhadora do ‘BBB17’, Emilly Araújo, para marcar um encontro num restaurante – poderia ser a representante oficial deste público que mais consome o formato.
As mulheres são 57% dos apreciadores deste tipo de programa. Telespectadores de 35 anos ou mais formam 55% do total da audiência.
A atriz só destoa de outro dado do estudo: a maior fatia de telespectadores (50%) está na classe C, ou seja, com renda familiar inferior a 9 mil reais por mês, de acordo com a classificação do IBGE.
O levantamento da GfK revela que o gênero reality show alcançou nos primeiros três meses de 2017 cerca de 62 milhões de pessoas, em torno 25% da população brasileira.
A empresa mediu ainda o ‘índice de fidelidade’, indicador da média de permanência das pessoas assistindo a uma mesma atração. No caso dos realities, é de 52%.
As regiões metropolitanas do Sul são as mais ‘fiéis’ ao gênero que costuma provocar reações extremas: há quem o ame, como Deborah Secco, e aqueles que assumidamente o odeiam.
Entre os críticos está o astro hollywoodiano Johnny Depp. “Os reality shows vão provocar a ruína da sociedade em alguns anos”, declarou o protagonista da franquia ‘Piratas do Caribe’.