Uma jornalista de 48 anos, diagnosticada com câncer desde 2019, foi demitida pelo SBT em meio a uma onda de desligamentos na emissora. A decisão, revelada pela colunista Fábia Oliveira, causou indignação e preocupação, especialmente devido à dependência da ex-funcionária do convênio médico para acessar um tratamento vital contra a doença.
A jornalista, que pediu anonimato, enfrenta um câncer iniciado no pulmão e atualmente com metástase no cérebro. Seu tratamento depende de um medicamento chamado Lorbrena, que não é disponibilizado pelo SUS e custa cerca de R$ 40 mil mensais. O convênio médico da emissora permitiu o acesso ao remédio, além de atendimentos no renomado Hospital Sírio-Libanês.
Com a demissão, a ex-funcionária teme pelo futuro. Segundo ela, o SBT manterá o plano de saúde por apenas seis meses, e depois disso, o benefício poderá ser suspenso, caso ela não consiga arcar com os custos. "Sem o convênio, não consigo continuar o tratamento. É uma sentença de morte para mim", declarou em tom de desespero.
Após a publicação da matéria, a emissora ainda não se pronunciou oficialmente. A ex-funcionária afirmou que não recebeu contato do diretor de jornalismo, Leandro Cipoloni, ou do setor jurídico. "Muitos colegas me ligaram prestando solidariedade, mas do SBT, silêncio total", relatou. A presidente do SBT, Daniela Beyruti, comentou brevemente o caso em suas redes sociais, afirmando que investigará a situação.