Na Record e no SBT, a onda de demissões no fim de 2024 foi estendida para o começo do novo ano. E mais dispensas devem ocorrer nos próximos dias e semanas. As duas emissoras fazem grandes apostas.
No canal do bispo Edir Macedo, o desligamento de funcionários – inclusive repórteres experientes como Cleisla Garcia e André Azeredo – aconteceu para liberar verba a fim de contratar profissionais para a equipe de esporte.
A Record comprou os direitos de transmissão de jogos da LFU (Liga Forte União) no Campeonato Brasileiro. Passa a ser concorrente da Globo, que exibirá partidas da Libra (Liga do Futebol Brasileiro).
Já na TV do clã Abravanel, os cortes ocorrem pelo fim de programas com audiência insatisfatória – a exemplo do ‘Chega Mais’ e ‘É Tudo Nosso’ – e a reformulação do departamento de jornalismo a partir da chegada de novo chefe, Leandro Cipoloni.
Perderam o emprego alguns jornalistas com longa trajetória na empresa, sendo Márcia Dantas a mais famosa deles. Em 9 anos, a apresentadora passou por ‘SBT Brasil’, ‘Tá na Hora’ e ‘Primeiro Impacto’, entre outras produções.
Em televisão, a rotatividade de colaboradores sempre foi alta. Demissões e contratações se tornaram parte da rotina. Mas, nos últimos meses, a quantidade surpreendeu. E, quanto mais o RH trabalha, maior o estresse nas equipes de jornalismo, entretenimento e esportes.
A sensação de instabilidade, podendo ser o próximo a ser mandado embora (com vagas cada vez mais raras e disputadas neste mercado), deixa produtores, editores, repórteres e diretores em permanente estado de tensão.
A coluna apurou que vários deles dispararam mensagens de WhatsApp e e-mails para seus contatos em busca de informações sobre vagas de trabalho. As redações e produções de TV estão cada vez mais enxutas. Recolocar-se rapidamente após uma demissão está cada dia mais difícil.