A edição deste domingo (26) da ‘Folha de S. Paulo’ traz uma entrevista de Amora Mautner à repórter Lígia Mesquita na coluna de Mônica Bergamo.
A mais poderosa diretora de novelas da Globo critica o presidente. “A única coisa que eu sei é que a gente tem que se unir para tirar o Bolsonaro, esse monstro, porque se ele continuar eu realmente não sei o que vai acontecer com o Brasil”, afirma.
Politizada, Amora diz ainda não ter candidato à Presidência em 2022. Ela cresceu sendo obrigada a “reverenciar a bandeira do Partido Comunista”, por conta da militância de seu pai, o multiartista Jorge Mautner. A mãe, Ruth Mendes, é historiadora.
Na entrevista, a diretora que deixou sua assinatura em grandes sucessos da teledramaturgia – ‘Cordel Encantado’, ‘Avenida Brasil’, ‘A Dona do Pedaço’ – assume ter sido beneficiada por sua condição social e a rede de contatos da família.
“Sou privilegiada, da bolha da bolha da bolha, né?”, comenta. “Não vamos ser hipócritas, né? Network ajuda. A meritocracia vem depois que começamos com o privilégio.”
Amora soube aproveitar o trampolim. Conquistou espaço em ambiente predominantemente masculino: há poucas mulheres entre os diretores de teledramaturgia da maior emissora do País.
Inseriu ousadia na maneira de criar as cenas, captar as imagens e conduzir os atores nos cenários. O sofisticado show visual de ‘Verdades Secretas 2’ (Globoplay) consolida sua marca na direção.