Todos querem Datenão. O âncora do ‘Brasil Urgente’ é cortejado por três partidos. A popularidade na TV – ele gera média de 5 pontos no Ibope, cerca de 1 milhão de telespectadores somente na Grande São Paulo – é seu principal capital político.
Após ensaiar candidatura à Prefeitura da capital em 2020, agora ele tem outros três cargos à vista. Foi convidado pelo PDT a ser vice na chapa de Ciro Gomes à Presidência da República.
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, que será o candidato de Jair Bolsonaro ao governo de SP, provavelmente pelo PL, poderia tê-lo como vice na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes.
O PSDB do governador João Doria também quer o comunicador. Ele seria o postulante da legenda ao Senado. Datena vai decidir seu futuro na semana que vem.
Até pouco tempo, o veterano jornalista era cotado como presidenciável. Em agosto de 2021, apareceu com 10% das intenções de votos em uma pesquisa da Genial Investimentos em parceria com o Instituto Quaest.
Crítico contumaz da ‘velha política’, Datena já transitou entre os polos ideológicos: foi filiado ao PT, PP, PRP, DEM, MDB e PSL. É conservador em algumas questões e liberal em outras. Afirma ser um “democrata até a morte”.
Foi entusiasta de Jair Bolsonaro no início do mandato. Depois, subiu o tom em críticas. Irritado com os ataques do presidente ao TSE e ao voto eletrônico, disse que às vezes o Brasil é tratado como “republiqueta de bananas”.
Antes da Band, trabalhou na Record TV, RedeTV! e Globo. É o mais bem-sucedido apresentador de jornalismo policial. Polemista e destemido, já respondeu a vários processos por declarações contundentes na TV.