Em 21 anos no ar, Huck renovou o sábado e se tornou líder

Apresentador antes identificado apenas com o público jovem imprimiu linguagem própria para falar com a família inteira

29 ago 2021 - 14h18

De acordo com dados prévios do monitoramento da Kantar Ibope, o último ‘Caldeirão’ (o de número 1.099) com Luciano Huck, no sábado (28), marcou média de 16 pontos. Esse índice representa 3,3 milhões de telespectadores na Grande São Paulo, principal área de aferição da empresa.

Huck aos 28 anos na estreia na Globo, em 2000, e hoje, quase cinquentão: a ‘loucura, loucura, loucura’ deu muito certo
Huck aos 28 anos na estreia na Globo, em 2000, e hoje, quase cinquentão: a ‘loucura, loucura, loucura’ deu muito certo
Foto: Reproduções/TV

A performance da edição de despedida do apresentador – que estreia o ‘Domingão com Huck’ no próximo dia 5 – rendeu praticamente o mesmo número do programa de estreia em 8 de abril de 2000. A audiência consolidada daquele dia foi de 15 pontos.

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Na época, 1 ponto no Ibope representava 43 mil domicílios na região metropolitana de São Paulo. Hoje, equivale a 76 mil residências. Ou seja, apesar de a média ser numericamente parecida, o ‘Caldeirão’ de 2021 é visto por muito mais gente do que quando foi lançado na Globo.

Nessas duas décadas, entre altos e baixos, o programa assegurou a liderança à emissora na faixa vespertina do sábado. O principal concorrente foi o show popular de Raul Gil, que em 2000 era exibido na Record e depois migrou para Band e SBT. No começo do confronto direto houve vitórias alternadas. Depois, Huck consolidou ampla vantagem mantida até hoje.

Nos últimos meses, o ‘Caldeirão’ teve mais audiência do que a soma dos índices de Record e SBT na mesma faixa de programação. “Missão cumprida”, disse Luciano Huck na aparição derradeira. Ele se tornou, indiscutivelmente, um sucesso de público e também de faturamento.

Hábil no marketing e nos negócios, o apresentador agregou valor ao sábado, antes menosprezado pelo mercado publicitário. Inicialmente focado no telespectador jovem, o ‘Caldeirão’ virou entretenimento para a família inteira e, com isso, atraiu anunciantes dos mais variados segmentos.

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Com a ajuda de grandes parceiros comerciais, o apresentador deu merecido ‘final feliz’ a histórias tristes de personagens reais. Rotulado como elitista, mostrou empatia com o brasileiro comum. Acendeu holofotes sobre os anônimos. Sua receita saborosa juntou doses de emoção, pitadas de bom humor e um punhado de sonho.

Às vésperas de completar 50 anos (faz aniversário em 3 de setembro), Luciano Huck encara agora o desafio de segurar a audiência e o lucro deixados por Fausto Silva no domingo. Comparações serão inevitáveis, ainda que inadequadas e injustas. A nova missão não é fácil, mas o apresentador já se provou capaz de cumpri-la e ir além.

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