Enviado especial a Curitiba para cobrir o depoimento do ex-presidente Lula ao juiz Sergio Moro, o repórter Gabriel Prado entrou ao vivo na GloboNews pouco depois das 17h, no horário ancorado por Cristiane Pelajo.
O jornalista informou que sua equipe foi hostilizada ao tentar fazer uma transmissão na Praça Santos Andrade, no centro da capital paranaense, para mostrar a manifestação de apoiadores do líder petista.
Refugiado na sacada de um edifício residencial localizado na região, ele narrou rapidamente o protesto.
Desde as mobilizações populares de 2013, várias equipes da GloboNews e da Globo sofreram ameaças semelhantes.
Em alguns casos, policiais precisaram escoltar os profissionais das duas emissoras até um local seguro. Pelo menos dois jornalistas se tornaram vítimas de agressão, ambos no Rio.
Pedro Vedova, hoje correspondente na Europa, foi ferido na testa por uma bala de borracha. Caco Barcellos, do Profissão Repórter, acabou atingido na cabeça por um cone de trânsito.
O próprio repórter Gabriel Prado, frequentemente escalado para registrar protestos em São Paulo, já havia enfrentado a fúria de críticos do jornalismo dos canais do Grupo Globo.
Em muitas ocasiões, ele precisou usar microfone sem identificação da GloboNews e guardar certa distância para conseguir fazer a cobertura dos eventos.