Na tarde de sexta-feira (7), uma entrada ao vivo no Estúdio i, da GloboNews, teve como trilha sonora gritos de “Bolsonaro! Bolsonaro!” enquanto a repórter relatava as últimas informações a respeito da saúde de Jair Bolsonaro, esfaqueado em Juiz de Fora no dia anterior.
Em outros ‘links’, jornalistas ressaltaram o clima de tensão e o início de tumulto por conta do excesso de pessoas – imprensa e militantes de Bolsonaro – diante do Hospital Albert Einstein, na zona sul de São Paulo.
A revista digital Crusoé destacou o ocorrido em manchete: ‘Fãs de Bolsonaro hostilizam imprensa’. O repórter Igor Gadelha escreveu que ‘as principais palavras de ordem foram dirigidas à Rede Globo’.
Os canais de TV do Grupo Globo são alvo de protesto tanto de petistas, lulistas e esquerdistas em geral quanto de bolsonaristas. Desde as manifestações sociais de 2013, as equipes das emissoras enfrentam reações hostis nas ruas.
Jornalistas como Caco Barcellos, do Profissão Repórter, e Pedro Vedova, hoje correspondente em Londres, sofreram agressão física. Em várias ocasiões, repórteres e cinegrafistas da Globo e GloboNews precisaram sair às pressas do local onde gravavam para evitar possíveis ataques.
Em certos eventos políticos, jornalistas usaram microfones sem a logomarca dos canais para conseguir trabalhar.