A coluna acompanhou atentamente as transmissões da Globo dos desfiles das escolas de samba no Anhembi, em SP, e na Sapucaí, no Rio.
Pontos positivos:
.A nova formação de apresentadores e comentaristas funcionou bem. Destaque para Everaldo Marques e Valéria Almeida no sambódromo paulistano.
.O retorno de repórteres à pista, no lugar dos influenciadores do ano passado, elevou a qualidade das entradas ao vivo com informações relevantes.
.A ampliação de imagens aéreas por drones fez a diferença, proporcionando mais perspectivas do grande show para o telespectador.
.O ‘puxadinho’ ou ‘laje’ de Mariana Gross na Sapucaí foi uma ideia simpática e gerou boas imagens. A apresentadora merece o Troféu Carisma.
.Foi um acerto reduzir o tempo nos estúdios montados no Anhembi e na Sapucaí. Aquela lotação de pessoas ao fim de cada desfile era desnecessária e repetitiva.
.Grata surpresa ver o competente e simpático âncora do ‘Hora 1’, Roberto Kovalick, atuando como repórter na pista. Muitos apresentadores tomados pela vaidade recusariam a função.
Pontos negativos:
.Em alguns momentos, principalmente na transmissão do Rio, o áudio dos apresentadores e comentaristas ficou muito baixo, abafado pelo som da pista. Faltou atenção da sonoplastia.
.O mesmo problema prejudicou vídeos de integrantes das agremiações, exibidos no início de cada desfile. Inaudíveis. Um desrespeito aos entrevistados.
.Os cortes abruptos em discursos de personalidades, como patronos e artistas convidados (a exemplo de Erika Hilton), passaram a impressão de censura. Faltou sutileza.
.A direção de TV falhou seriamente ao não mostrar imagens de alguns acontecimentos narrados em tempo real. Por exemplo: Milton Cunha destacava a queda do drone da comissão de frente da Vila Isabel, mas a imagem foi inexplicavelmente cortada. Era uma ocorrência de interesse jornalístico.
No geral, a Globo merece nota 9.8.