Que o PT abomina a Globo, todo mundo sabe. Mas poucos petistas são tão explícitos na animosidade contra a emissora como Rui Falcão, que presidiu o partido entre 2011 e 2017.
Na propaganda eleitoral na TV, o jornalista e candidato a deputado federal pede votos citando o canal da família Marinho. “Para quebrar o monopólio da Globo e renovar a política”, diz em seus poucos segundos de visibilidade.
“Há toda uma trajetória, não só de autoritarismo, fraude e manipulação da informação, como institui um grupo econômico poderoso, que atua com rádio, revista, jornal, TV. Configura claramente um monopólio que é proibido pela Constituição Federal”, declarou Falcão em entrevista à TV 247, no início deste ano.
Entre as empresas do Grupo Globo estão as rádios CBN e Globo, o jornal O Globo, a Editora Globo, a programadora de TV paga Globosat, a gravadora Som Livre e a TV Globo.
Ex-diretor de redação da revista de negócios Exame, da Editora Abril, Rui Falcão explicou seu ponto de vista: “A Constituição, quando assegura a liberdade de informação e de imprensa, logo em seguida, num artigo abaixo, ‘ficam proibidos monopólios e oligopólios na comunicação social. A lei não define o que é monopólio, mas tá claro que a Globo é um monopólio.”
O petista refere-se ao quinto parágrafo do artigo 220. Está determinado que ‘os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio’.
Na mesma participação na TV 247, o ex-dirigente petista afirmou que a Globo “é a mais antidemocrática” e precisa ser “disciplinada”. O candidato ressaltou que tal medida – a regulação da mídia defendida pelo PT – “não tem nada a ver com censura”.
A maioria dos grupos que possuem emissoras de TV é contrária a qualquer mudança de regras ou interferência do governo.
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