Na quinta-feira (31), Natuza Nery teve sua paciência testada ao vivo na ‘Central GloboNews’. Erros que poderiam ter sido evitados prejudicaram seu trabalho na condução das pautas.
O primeiro aconteceu quando ela e os comentaristas começaram a discutir um desentendimento no PT. A jornalista chamou o ‘print’ de um post no telão. Nada. “Temos, gente?”, questionou à produção. Mas entrou o som de um vídeo da pauta seguinte, sobre jingles de campanhas políticas.
Sem ter como seguir com o debate a respeito do partido do presidente Lula, Natuza deu início à recordação dos jornalistas sobre as melhores músicas de candidatos.
Pouco depois, a escolha de Flávia Oliveira – um jingle cantado por ninguém menos que a grande sambista Dona Ivone Lara – simplesmente não foi mostrado no telão. Veicularam o clássico ‘Lulalá’. Restou à comentarista cantar um trecho à capela.
Em certo momento, Natuza Nery – craque em driblar imprevistos diante das câmeras – chegou a baixar a cabeça, constrangida (e, talvez, irritada). “Vocês estão vendo, né, gente?”, debochou. Com bom humor, ela chegou a fingir que estava começando o programa do zero na tentativa de esquecer a sequência de equívocos.
Numa volta dos comerciais, não rodaram a vinheta do programa. De repente, a apresentadora se viu no vídeo, e vazou a voz de um dos analistas. Ela riu, provavelmente conformada com a noite cheia de problemas alheios ao seu controle.
No domingo (27), na maratona de apuração das eleições municipais na ‘Central das Eleições’, a apresentadora já havia passado sufoco com uma pane no áudio. De repente, um eco tomou conta do estúdio, impedindo que se ouvisse os jornalistas. Foi necessário chamar o intervalo.
Em janeiro de 2023, a coluna destacou no post ‘Excesso de erros técnicos distancia GloboNews do padrão Globo de qualidade’ as frequentes interrupções por queda de sinal durante reportagens, microfones desligados ou ligados na hora errada, imagens que não entravam quando anunciadas, entre outros lapsos.
Televisão ao vivo requer uma operação altamente complexa, onde eventuais erros são aceitáveis. No caso da GloboNews, a recorrência destoa dos demais canais de notícias. Como telespectador, a impressão é de que a maioria poderia ter sido evitada com maior atenção e checagem.