Falem mal, mas falem de mim. Este poderia ser o lema do ‘Big Brother Brasil’, o mais amado e odiado reality show da televisão. Usar as redes sociais para atacar o programa é o esporte preferido de milhões de pessoas.
Ingenuamente, elas acreditam que os posts de desdém geram algum efeito negativo contra a atração e a Globo. Na verdade, contribuem para o aumento do engajamento e, assim, agradam tanto a emissora quanto aos patrocinadores e anunciantes do ‘BBB’.
As citações on-line são monitoradas e servem como importante termômetro – assim como os índices aferidos pelo Ibope – para atestar o sucesso ou o fracasso de uma produção de TV. A única maneira de prejudicar um programa seria ignorá-lo completamente: não assistir nem repercutir na internet.
A maioria que jura desprezar o reality da ‘casa mais vigiada do Brasil’ sempre dá uma espiadinha e depois corre regurgitar críticas rasas ou pretensiosamente sociológicas no Twitter, Facebook e Instagram. Cada comentário, por mais depreciativo que seja, impulsiona a Globo a ampliar seu poder de influência.
A junção ‘público de TV + engajadores’ faz a emissora atender às expectativas das marcas que investem alto no produto. Entre cotas, ações avulsas e compra extra de espaço nos intervalos, o ‘BBB22’ gerou cerca de R$ 800 milhões em receitas em pouco mais de 3 meses. O dobro do que Band e RedeTV! faturam em 1 ano inteiro.
Outros dados confirmam o êxito da temporada, apesar do alegado ‘flop’. O Paredão com Arthur, Jade e Jessi foi o segundo maior da história do reality, com quase 700 milhões de votos. Juntos, os 22 participantes atraíram mais de 60 milhões de novos seguidores em suas redes sociais.
Levantamento revelado pela colunista Patrícia Kogut, de O Globo, mostrou que essa 22ª edição teve 17% a mais de horas consumidas no Globoplay em relação ao fenômeno ‘BBB21’, vencido por Juliette Freire. Muita gente assinou a plataforma só para acompanhar o dia a dia dos confinados.
No Ibope, o programa protagonizado por Arthur ‘Pãozinho’ Aguiar vai terminar abaixo do ano passado, mas manteve a Globo como líder folgada nos horários de exibição. A eliminação de Jade teve média de 29 pontos, uma das maiores audiências do ano.
Se isso não configura sucesso, é o quê? O tal ‘flop’ não passa de ranço de quem não admite o óbvio: o ‘Big Brother Brasil’ mexe com o País por ser a atração mais comentada na internet. A cúpula da Globo deve rir dos haters que trabalham de graça para ela.