Falou mal do BBB? Parabéns! Trabalhou de graça para a Globo

Edição supostamente ‘flopada’ gerou colossal engajamento e faturamento recorde ao canal

26 abr 2022 - 09h01
A Globo e os BBBs riem à toa: todos saem no lucro
A Globo e os BBBs riem à toa: todos saem no lucro
Foto: Fotomontagem: Blog Sala de TV

Falem mal, mas falem de mim. Este poderia ser o lema do ‘Big Brother Brasil’, o mais amado e odiado reality show da televisão. Usar as redes sociais para atacar o programa é o esporte preferido de milhões de pessoas.

Ingenuamente, elas acreditam que os posts de desdém geram algum efeito negativo contra a atração e a Globo. Na verdade, contribuem para o aumento do engajamento e, assim, agradam tanto a emissora quanto aos patrocinadores e anunciantes do ‘BBB’.

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As citações on-line são monitoradas e servem como importante termômetro – assim como os índices aferidos pelo Ibope – para atestar o sucesso ou o fracasso de uma produção de TV. A única maneira de prejudicar um programa seria ignorá-lo completamente: não assistir nem repercutir na internet.

A maioria que jura desprezar o reality da ‘casa mais vigiada do Brasil’ sempre dá uma espiadinha e depois corre regurgitar críticas rasas ou pretensiosamente sociológicas no Twitter, Facebook e Instagram. Cada comentário, por mais depreciativo que seja, impulsiona a Globo a ampliar seu poder de influência.

A junção ‘público de TV + engajadores’ faz a emissora atender às expectativas das marcas que investem alto no produto. Entre cotas, ações avulsas e compra extra de espaço nos intervalos, o ‘BBB22’ gerou cerca de R$ 800 milhões em receitas em pouco mais de 3 meses. O dobro do que Band e RedeTV! faturam em 1 ano inteiro.

Outros dados confirmam o êxito da temporada, apesar do alegado ‘flop’. O Paredão com Arthur, Jade e Jessi foi o segundo maior da história do reality, com quase 700 milhões de votos. Juntos, os 22 participantes atraíram mais de 60 milhões de novos seguidores em suas redes sociais.

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Levantamento revelado pela colunista Patrícia Kogut, de O Globo, mostrou que essa 22ª edição teve 17% a mais de horas consumidas no Globoplay em relação ao fenômeno ‘BBB21’, vencido por Juliette Freire. Muita gente assinou a plataforma só para acompanhar o dia a dia dos confinados.

No Ibope, o programa protagonizado por Arthur ‘Pãozinho’ Aguiar vai terminar abaixo do ano passado, mas manteve a Globo como líder folgada nos horários de exibição. A eliminação de Jade teve média de 29 pontos, uma das maiores audiências do ano.

Se isso não configura sucesso, é o quê? O tal ‘flop’ não passa de ranço de quem não admite o óbvio: o ‘Big Brother Brasil’ mexe com o País por ser a atração mais comentada na internet. A cúpula da Globo deve rir dos haters que trabalham de graça para ela.

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