A diversidade de gêneros e orientações sexuais faz parte da política da Globo. Não apenas entre personagens da teledramaturgia (‘Verdades Secretas 2’ teve identidades e comportamentos sexuais para todos os gostos), como também entre funcionários e colaboradores. Essa busca por inclusão está espelhada no elenco do ‘Big Brother Brasil 22’.
Há gays (o cantor e ator Tiago Abravanel e o bacharel em direito e influencer Vinicius), lésbica (a bailarina e influencer Brunna Gonçalves, namorada da funkeira Ludmilla), bissexual (o ator e bailarino Luciano) e mulher transexual (a cantora, atriz e militante Linn da Quebrada).
Estes são os membros da comunidade LGBTQIA+ conhecidos até o momento por serem ‘assumidos’. Existe a possibilidade de haver mais representantes da diversidade sexual fora da heteronormatividade. O tempo dirá.
Curiosamente, a cantora Valentina Schmidt, 19 anos, filha mais velha do novo apresentador do ‘BBB’, Tadeu Schmidt, usou uma rede social no ano passado para se declarar ‘queer’.
O termo em inglês é usado por quem não se identifica 100% heterossexual ou cisgênero – ou não só isso, podendo fluir, variar, abranger outras possibilidades.
“Por anos, tive muita dificuldade em me aceitar e me amar, e isso bloqueava de certa forma meu amor por outras pessoas”, escreveu Valentina em um post.
“Então, depois de anos em dúvida, cheguei numa conclusão da qual me orgulho e finalmente me sinto confortável: sou queer, ou seja, no meu caso, minha orientação sexual e atração emocional não correspondem à heteronormatividade. Eu me amo e amo todes vocês. Essa sou eu. Simples assim.”
‘Todes’ é a variação de ‘todas e todos’ na linguagem neutra, defendida por parte da comunidade LGBTQIA+ e, especialmente, os não-binários, ou seja, as pessoas que não se definem como homem nem mulher.
No ‘BBB21’, questões de sexualidade suscitaram discussões dentro e fora da casa. Após beijar Gil do Vigor na boca, Lucas Penteado externou o medo de sofrer homofobia na família, entre amigos e na sociedade em geral por não ter revelado, até aquele momento, seu interesse por homens.
A edição vencida por Juliette Freire tinha dois gays (Gil e o professor João), uma lésbica (a Dj Lumena) e duas bissexuais (as cantoras Karol Conká e Pocah).
No ‘BBB22’, o destaque fica com Linn da Quebrada. Ela é apenas a segunda trans a participar da atração. A primeira foi Ariadna Arantes, eliminada logo no primeiro Paredão do ‘BBB11’.
Um perfil ainda inédito no principal reality show da Globo é o de homem transexual. A novela ‘Salve-se Quem Puder’, exibida na faixa das 19h da emissora, no ano passado, teve o primeiro beijo entre um trans (Bernardo de Assis, o Catatau) e uma mulher cis (Juliana Alves, a Renatinha).