Pautas fracas e mau aproveitamento do estrelado elenco da Globo são os principais problemas do Vídeo Show, um dos programas mais queridos da TV brasileira.
Cambaleante há anos, agora foi descaracterizado de vez. Não se trata aqui de contestar a capacidade e o carisma das novas apresentadoras – as ex-BBBs e influenciadoras Fernanda Keulla, Vivian Amorim e Ana Clara –, mas sim de constatar o óbvio: a chegada delas não contribui para melhorar a atração.
Hoje, o Vídeo Show mais parece um ‘Clube da Luluzinha’, com intermináveis autoelogios entre as apresentadoras. Agrada aos fãs das celebridades, mas afasta quem busca entretenimento substancioso.
Em sua essência, o Vídeo Show nunca foi uma atração dependente do apresentador. Tanto é que mais de 20 atores comandaram o programa desde sua estreia em 1983. O formato sempre se impôs como principal atrativo.
Não importa quem o apresente, e sim o que será exibido. Aí está a fonte da decadência: roteiro sem graça, entrevistas com excesso de bajulação, perda da característica de mostrar o que acontece de interessante atrás das câmeras.
É inútil querer salvar o Vídeo Show aderindo ao modismo das celebridades de redes socais. Não é assim tão fácil que a Globo conseguirá atrair a audiência jovem da internet – e ainda corre o risco de perder o já minguado público fiel que acompanha a atração.
A emissora possui um elenco gigantesco que poderia ser melhor inserido. Os temas das matérias precisam sair do lugar comum para oferecer conteúdo surpreendente. Exibido ao vivo, o Vídeo Show também deveria explorar os factuais com famosos.
Há anos que a produção vespertina só gera notícias negativas a respeito de seu formato e audiência. Ou se reabilita, ou corre o risco de cair de vez na irrelevância.
Veja também: