A audiência da novela das 21h da Globo sempre contribuiu com o desempenho do ‘Big Brother Brasil’, exibido na sequência. Desta vez, a expectativa é o contrário: que o reality show consiga atrair mais gente para frente da TV no horário nobre e ajude a aumentar os índices do folhetim atual, ‘Um Lugar ao Sol’.
A trama protagonizada por Cauã Reymond (Christian/Renato) caminha para ter o pior número no Ibope na faixa das 21h desde ‘Rosa Rebelde’, de 1969. Até o capítulo 60, no ar no sábado (15), marcou média de 22.4 pontos, distante da meta de 30 pontos. Nada indica que conseguirá reação relevante nos 47 capítulos restantes.
Herdar audiência considerada baixa para o padrão Globo certamente vai prejudicar a pontuação inicial do ‘BBB22’. No ano passado, o ‘Big 21’ se beneficiou da performance satisfatória da reprise de ‘A Força do Querer’ às 9 da noite. Marcou 27.4 pontos na estreia.
Aliás, as comparações com a edição passada serão inevitáveis. A última temporada conduzida por Tiago Leifert alcançou a melhor pontuação (média geral de 28 pontos) desde o ‘BBB10’ e gerou engajamento recorde nas redes sociais em razão de competidores extremamente carismáticos e polêmicos.
O ‘BBB22’, sob o comando do estreante Tadeu Schmidt, já deu uma boa notícia à cúpula da Globo: tornou-se, antes da estreia, a edição com maior faturamento. O canal não revela detalhes, mas o mercado publicitário estima a entrada de R$ 700 milhões em patrocínios, venda de espaço nos intervalos e ações avulsas de merchandising.
A atração fatura em 3 meses mais do que a receita anual de grandes emissoras, como Band e RedeTV. Desempenho comercial tão positivo coloca ainda mais peso sobre o programa. Os anunciantes esperam que a audiência seja compatível com o alto investimento que fizeram.