Quem propaga que a Globo está à beira da falência não sabe interpretar números. Os dados do mais recente balanço do grupo de comunicação da família Marinho falam por si.
Em dezembro, havia em caixa R$ 12,8 bilhões. Quantia 74 vezes maior do que o prejuízo registrado em 2021, de R$ 173,8 milhões. O óbvio se impõe: a companhia tem robusta saúde financeira.
Aqueles que detestam a emissora levantam suspeitas sobre as dívidas. O informe divulgado em março esclarece: os débitos principais, de 2025 e 2027, já foram cobertos por bônus emitidos no início do ano.
Os próximos vencimentos de dívidas maiores serão apenas em 2030 e 2032. Toda grande empresa, pública ou privada, tem endividamento. É a chamada ‘dívida saudável’.
São financiamentos usados para investir no crescimento e desenvolvimento do negócio. Muitas vezes, aplicados também para o pagamento de tributações.
Em 2021, o Grupo Globo direcionou R$ 1,2 bilhão para expandir sua área de tecnologia. Pretendem repetir a operação este ano. Um valor maior do que o SBT fatura em 1 ano.
Nos últimos 12 anos (2010-2021), a holding teve lucro líquido acumulado de R$ 21,6 bilhões, média de R$ 1,8 bi por ano após os descontos com custos fixos, despesas extras, impostos e pagamentos de juros.
Em janeiro, a agência de análise de risco americana Fitch informou em comunicado ao mercado que a Globo “possui uma das estruturas financeiras mais fortes” da América Latina. Essa avaliação positiva serve como um ‘selo de garantia’ para a companhia.