No ‘Edição das 18h’, Miriam Leitão disse sentir “tristeza no peito” após assistir ao “espetáculo deplorável” encenado por Jair Bolsonaro ao longo do feriado da Independência.
Alvo frequente da artilharia verbal do presidente, a jornalista afirmou que ele “sequestrou” a festa do bicentenário da Independência e sinalizou um “golpe” caso consiga a reeleição.
“Bolsonaro cometeu crimes graves hoje”, afirmou. “É preciso defender as instituições e a democracia.”
A indignação de Miriam se repetiu na fala de outros analistas do canal líder de audiência no segmento de notícias da TV paga.
Fernando Gabeira concluiu que as emissoras que transmitiram ao vivo o discurso de Bolsonaro “foram usadas” pelo presidente, já que ele teria transformado a festa em um comício, feriando a Lei Eleitoral.
Ao repercutir a comparação feita por Bolsonaro entre a primeira-dama, Michelle, e a mulher de Lula, Janja da Silva, Gerson Camarotti usou os termos “deselegante, grosseiro, grotesco”.
O tom elevado contra o presidente também foi adotado por Eliane Cantanhêde. Ela ressaltou o constrangimento do coro de “imbrochável” puxado por Bolsonaro no palanque.
Em momento de descontração, Gabeira, de 80 anos, comentou o apelido ‘Véio da Havan’ do empresário Luciano Hang, 59, visto ao lado do presidente na tribuna de honra, em Brasília.
“Pela idade, ele poderia ser meu filho. Não tenho coragem, mas poderia ser meu filho”, disse. Camarotti gargalhou.
A CNN Brasil também fez duras críticas à postura de Bolsonaro no 7 de Setembro. Enquanto isso, na Jovem Pan News, a maioria dos comentários foi favorável ao presidente.