Numa manhã com prioridade máxima para o telejornalismo, com transmissões ao vivo a todo instante na cobertura da greve geral, imprevistos são inevitáveis.
Às 11h, enquanto relatava na GloboNews uma liminar conseguida pela Advocacia-Geral da União contra a paralisação dos serviços de transporte no Distrito Federal, a repórter Raquel Porto Alegre fez o possível para não perder a concentração enquanto ouvia gritos de ‘golpista’ de quem passava ao seu lado.
Ainda que tenha ficado visivelmente nervosa, ela conseguiu concluir o boletim. Quando a imagem voltou ao estúdio, a âncora de São Paulo, Aline Midlej, registrou o incidente e disse que o protesto daquelas pessoas “é um direito delas”.
Poucos minutos depois, outra interferência no canal de notícias: quando falava ao vivo de Campo Grande (MS), a repórter Maureen Mattiello foi cercada por manifestantes.
A voz da jornalista acabou encoberta por gritos de ‘Globo golpista’ e ‘Globo apoiou a ditadura’. A transmissão terminou com Maureen assustada, no meio do grupo.
Ao comentar a gritaria, a outra apresentadora da cobertura especial da GloboNews, Raquel Novaes, relativizou: “estamos numa democracia”.