O youtuber, tiktoker e estudante de Psicologia Bruno Almeida é um homem trans. Usa suas redes sociais para refletir sobre questões da transexualidade, apoiar a comunidade LGBTQIA+ e combater o preconceito.
Em um vídeo, contou uma situação constrangedora vivida em um estúdio de tatuagem. Enquanto ele estava sendo tatuado nas costas, outra cliente do espaço começou a falar sobre Linn da Quebrada.
Disse, entre outras inconveniências, que “às vezes é difícil de falar (o pronome certo)” e que a cantora travesti que se destacou no ‘BBB22’ “não tem cara de homem”.
“Aquilo foi me subindo um ódio, um desespero... Eu não estava dando conta. Estava doendo mais escutar o que eu estava escutando do que a própria tatuagem nas minhas costas”, relata Bruno.
Seu tatuador percebeu o desconforto e o tirou da sala por algum tempo. Na volta, o influenciador decidiu reagir à transfobia com uma tattoo inspirada na da própria Linn.
Agora, Bruno tem um ‘Ele’ gravado numa lateral da testa, semelhante ao ‘Ela’ visto na artista transformada em ícone transexual. “A tatuagem foi minha resposta (contra a transfobia)”, explica Bruno.
A cantora recorreu à tatuagem no rosto para ajudar sua mãe, dona Lilian, a definitivamente tratá-la no feminino, depois de muitos conflitos entre as duas por conta de sua identidade de gênero.
Ao longo do ‘BBB22’, Linn da Quebrada (nome artístico de Lina Pereira) enfrentou momentos delicados, como ser chamada por pronomes masculinos e ouvir falas transfóbicas. Chegou a chorar algumas vezes ao se sentir discriminada.
Na sua eliminação, o apresentador Tadeu Schmidt fez um discurso considerado histórico. “Por sua causa, Lina, o Brasil inteiro sabe. Não tem mais desculpa para errar o pronome: é ela. Por sua causa, Lina, não tem mais desculpa para errar o artigo. É a travesti. E é travesti, e não alguma palavra pejorativa.”