Jornalista passa o Dia do Repórter emocionado em Petrópolis

Criado na região, André Coelho, da GloboNews, desperta a solidariedade dos telespectadores ao narrar resgate de cão

17 fev 2022 - 09h24
André Coelho voltou à sua região pela tragédia
André Coelho voltou à sua região pela tragédia
Foto: Reprodução

Nascido em Teresópolis, cidade a pouco mais de 50 km de Petrópolis, André Coelho foi deslocado do Rio até a serra fluminense para cobrir a catástrofe provocada pelas chuvas na cidade imperial.

Em post no Instagram, o jornalista lembrou a coincidência da data, 16 de fevereiro. “No Dia do Repórter, um registro da triste missão de informar outra tragédia. De novo, na minha região”, escreveu.

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Ele fez entradas ao vivo nos telejornais da GloboNews diante da lente do repórter-cinematográfico Willian Côrrea, também nascido na localidade. “Que o dever nos guie e essa cidade se levante. Mais uma vez”, desejou André.

Ao longo da extensa cobertura do caos em Petrópolis, uma de suas aparições na TV viralizou nas redes sociais e gerou manchetes na imprensa.

O repórter segurou o choro ao narrar a história de um animal de estimação. “A gente tem uma imagem que deu bastante esperança para a gente, aqui. Foi a imagem muito bonita do resgate de um cãozinho que passou a madrugada inteira no teto da casa esperando a família dele voltar”, contou.

Na tela apareceu o assustado vira-lata Pitoco sendo carregado por seu dono. “A gente sabe que tem vidas de centenas de pessoas envolvidas nessa terrível tragédia, mas foi uma cena que nos sensibilizou e nos deu esperança de que, assim como o resgate desse cãozinho, a gente possa ainda encontrar muita gente que está perdida”, argumentou, comovido.

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Assim como André, outros jornalistas enviados a Petrópolis, de diferentes emissoras, externaram emoção em participações ao vivo e matérias gravadas.

Foi impossível não se abalar emocionalmente diante do mar de lama, da destruição de boa parte da cidade, dos corpos sendo carregados em lonas, do desespero das famílias à procura de desaparecidos, da desolação de quem perdeu tudo.

Até mesmo os âncoras nos estúdios, muito longe do caos, ficaram consternados. Em momentos assim, o jornalismo ganha ainda mais relevância por humanizar o fato e as estatísticas.

Quando, diante da câmera, um repórter fica com a voz embargada e os olhos marejados, ele compreensivelmente deixa transparecer o sentimento das pessoas ao seu redor. Ser empático é uma virtude desejável a todo jornalista.

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