Jornalistas de TV debocham de Bolsonaro por ele dizer que é “imbrochável” 

Merval Pereira, da GloboNews, lembrou de declaração sobre “ser gay” feita pelo presidente em 2018

8 set 2022 - 07h31
(atualizado às 08h52)

O coro de “imbrochável, imbrochável, imbrochável” puxado por Jair Bolsonaro ao discursar em Brasília, nas comemorações do 7 de Setembro, foi reprovado pela maioria dos jornalistas de TV. 

Na GloboNews, o comentarista Gerson Camarotti disse que o presidente gerou “constrangimento” ao apelar à “vulgarização”. 

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Para ele, os “verdadeiros conservadores”, sendo mais reservados, devem ter reprovado o linguajar sexualizado. 

“Tem um público que gosta dessas grosserias, dessa molecagem do Bolsonaro”, afirmou Merval Pereira. 

O jornalista ainda disparou uma ironia. “Ele não é ‘imbrochável’ onde mais precisa, nas pesquisas”. 

Em todos os levantamentos de intenções de voto divulgados até o início desta semana, Bolsonaro aparece atrás do candidato do PT, Lula. 

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Merval aproveitou para lembrar uma declaração inusitada feita pelo então candidato à Presidência em 2018, quando foi sabatinado na GloboNews. 

“Quem garante que eu não seja gay?”, disse Bolsonaro, segundo o jornalista. 

Ao ouvir o relato, a mediadora da ‘Central das Eleições’, Natura Nery, ficou boquiaberta. 

Na CNN Brasil, William Waack foi mais explícito e sarcástico ao comentar o termo polêmico usado pelo presidente. 

“O País não precisa se preocupar, se é que muita gente com isso se preocupou, com a irrigação sanguínea do pênis de Bolsonaro. Ela está plenamente normal e satisfatória, ele assegurou”, disse. 

“O que permite esperar que a irritação sanguínea esteja também plenamente normal e satisfatória em outros órgãos dos quais ele precisa para governar, como o cérebro, por exemplo.”

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Waack e Merval reprovaram a linguagem sexualizada de Bolsonaro
Waack e Merval reprovaram a linguagem sexualizada de Bolsonaro
Foto: Reprodução/TV

Dois comentaristas de pensamento progressista do canal Jovem Pan News se manifestaram no Twitter. 

“No bicentenário da independência, o presidente discursa enaltecendo o próprio pênis. Apequena o Brasil. Flerta com o ridículo. Passa vergonha no mundo”, postou Felipe Pena. 

Recentemente destratada por Bolsonaro, Amanda Klein retuitou uma mensagem crítica da colega Maria Cristina Fernandes, colunista do jornal ‘Valor’. 

“No dia em que o ‘imbrochável’ transforma o bicentenário da independência numa ode à vergonha nacional, nunca é demais relembrar Simone de Beauvoir: “Ninguém é mais arrogante, violento, agressivo e desdenhoso contra as mulheres, que um homem inseguro de sua própria virilidade.” 

“Disse tudo!”, comentou Klein no post.

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