A internet é fundamental, mas os partidos estão de olho mesmo é no espaço para fazer propaganda eleitoral na velha televisão. Não há meio mais rápido de atingir o maior número de pessoas ao mesmo tempo para transmitir a mensagem desejada.
Jair Bolsonaro costuma desprezar a TV, porém, em busca da reeleição, vai investir pesado na superexposição que o veículo proporciona. Em maio, seu governo será elogiado nas 40 inserções em cadeia de rádio e televisão do PP, partido do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.
Um aquecimento para junho, considerado pela campanha bolsonarista como um mês importantíssimo. O presidente dará as caras nos 40 programetes de seu partido, o PL. No total, 20 minutos de visibilidade no horário nobre – inclusive nos intervalos do ‘Jornal Nacional’, alvo de frequentes críticas de Bolsonaro.
Os aliados do presidente acreditam que o poder de influência da TV será capaz de aproximá-lo ainda mais de Lula nas pesquisas de intenção de votos à Presidência. As inserções do PT começaram em 24 de março e vão até 17 de maio. O ex-presidente e candidato ao Planalto já apareceu várias vezes.
Extinta em 2017, a propaganda partidária voltou este ano após aprovação no Congresso e segue regras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Não confundir com o Horário Eleitoral, que começará apenas em 26 de agosto.
O retorno das inserções para exaltar os partidos, seus caciques e candidatos ressalta o quanto os políticos valorizam a televisão. Nenhuma rede social possui a mesma força. Pelo caríssimo espaço cedido às legendas, as emissoras vão receber compensação fiscal, ou seja, poderão abater valores correspondentes em impostos devidos à União.