“Eu só faço o que sempre fiz, o resto do mundo é que aderiu”, explicou RuPaul, a mais famosa drag da TV mundial.
A adesão foi tamanha que o programa comandado pelo multiartista no canal VH1, o RuPaul’s Drag Race, acaba de ganhar o mais importante prêmio da televisão norte-americana, o Emmy, na categoria melhor reality de competição.
E a façanha não parou por aí: RuPaul recebeu a estatueta de melhor apresentador de reality show. Duas vitórias na mesma edição resultam num feito extraordinário e, ao mesmo tempo, em um explícito recado dos votantes à onda de intolerância à diversidade da era Trump.
O escritório brasileiro da Endemol Shine, produtora dona de formatos de sucesso – Big Brother, Dancing Brasil, Show dos Famosos, Canta Comigo, entre outros –, negocia para viabilizar uma versão por aqui do RuPaul’s Drag Race. Drags talentosas e ‘lacradoras’ não faltam. Ainda não há informações sobre qual emissora exibiria o programa nem previsão de estreia.
Desde o ano passado, o canal E! transmite uma atração com drags brasileiras, o Drag Me As a Queen – Uma Diva Dentro de Mim, com Penelopy Jean, Rita von Hunty e Ikaro Kadoshi.
A cada episódio, o trio transforma uma mulher com algum drama emocional em drag queen, num esforço de empoderamento feminino. A segunda temporada, com 13 episódios, terminou de ser gravada em agosto.
Do cinema para a TV
A entrega da 70ª edição dos Emmys ocorreu na noite de segunda-feira (17), em cerimônia realizada no Microsoft Theater, em Los Angeles. No Brasil, houve transmissão no canal TNT.
Depois do Oscar, o Emmy é a mais badalada premiação artística da América. Nos últimos anos, a TV norte-americana duplicou seu status pela qualidade de suas produções.
Muitos críticos afirmam que séries, seriados e telefilmes exibem mais qualidade do que os longas de Hollywood.
Vários atores trocaram as telonas pela televisão em busca de melhores papéis, contratos longos com alto salário e maior reconhecimento de seu talento.
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