Lanche, artistas de papelão, detector de metais: como é ir à plateia da Globo 

Pisar na emissora mais amada e odiada tem certo glamour, mas o que impressiona é o vai-e-vem nos bastidores

2 jul 2024 - 10h57
(atualizado às 11h01)

Tem vontade de participar da plateia de um programa da Globo? Gostaria de aparecer – nem que por alguns segundos – na tela do canal mais visto da televisão? A coluna relata como é assistir a uma gravação do ‘Altas Horas’, de Serginho Groisman. 

O programa é gravado na sede paulista da emissora, no Brooklin, zona sul de São Paulo. A entrada de visitantes é a Portaria 1, localizada no número 160 da Avenida Evandro Carlos de Andrade, batizada em homenagem a um ex-diretor da Central Globo de Jornalismo, morto em 2001. 

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Após conferir o nome na lista, o convidado da plateia é conduzido por um segurança ou produtor até uma área de espera onde há uma grande escultura da logomarca do canal. Muita gente faz foto e vídeo ali. “Mãe, tô na Globo.” 

Na sequência, cada pessoa passa por um detector de metais como aquele de aeroporto, usado para impedir a circulação de armas, munições e outros objetos que representem perigo. Pode haver o pedido para abrir bolsas e mochilas para inspeção.

O 'Altas Horas' é o programa de auditório que dá mais visibilidade a quem vai à plateia
O 'Altas Horas' é o programa de auditório que dá mais visibilidade a quem vai à plateia
Foto: Reprodução

Uma vez liberado, o visitante pode guardar seus objetos em um armário numerado com chave. Depois, é fornecido um lanche. Geralmente um pão com queijo entregue num saco de papel lacrado e um suco em lata. 

Todos são instalados em uma ampla sala com cadeiras. Ao redor, existem vários ‘artistas de papelão’: são fotos recortadas em tamanho real de estrelas da Globo que gravam nos estúdios da capital paulista. Entre elas, Ana Maria Braga, Patrícia Poeta e Tati Machado. Muita gente posa fazendo graça ao lado das imagens. Dependendo do ângulo, dá para acreditar que é mesmo o artista. Divertido para postar no Instagram. 

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Após um tempo (dica: não tenha pressa, sempre há atraso), um produtor passa instruções gerais e o grupo é finalmente levado ao estúdio. No hall, zero glamour: equipamentos técnicos, cadeira de rodas, maca dos bombeiros, funcionários da limpeza de plantão... Na entrada da porta, dá para bisbilhotar o que existe atrás do cenário: fios, muitos fios, caixas de som, escadas, estruturas metálicas, profissionais que nunca aparecem na frente das câmeras.

Os visitantes recebem um lanche para aguentar a maratona de gravações, que podem sofrer atrasos
Foto: Reprodução/@felipegoldenboy

Ao sentar na arquibancada, a magia começa a acontecer. Impressiona a quantidade de refletores presos ao teto. A iluminação, as câmeras e os microfones são testados. Há um corre-corre de gente da produção falando no microfone headset. E o tempo vai correndo... Quando está tudo pronto, é exibido no telão um vídeo de segurança indicando o que fazer em caso de emergência. 

Mais uns minutos e Serginho Groisman surge no palco. Ele faz um ‘esquenta’ com a plateia. Nesse momento, todo mundo já entrou no clima descontraído do ‘Altas Horas’. Começa a gravação e os famosos são chamados. É uma operação extremamente técnica. Quem vê pela TV de casa não imagina a estrutura e o esforço necessários para dar vida ao programa. 

A portaria destinada aos visitantes na sede paulistana da Globo
Foto: Reprodução/Google Maps
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