Marilyn foi morta por ser comunista? Doc traz revelações

Atração na Netflix destaca a possível interferência da política nos momentos finais do maior símbolo sexual de Hollywood

2 mai 2022 - 08h47
O ícone diante da cena de sua morte: verdade encoberta
O ícone diante da cena de sua morte: verdade encoberta
Foto: Reprodução

Atenção: contém spoilers.

Na manhã de 5 de agosto de 1962, um domingo, o planeta acordou em choque com a notícia da morte de Marilyn Monroe, aos 36 anos. Pela versão da polícia, a premiada atriz e maior sex symbol do cinema teria sido encontrada morta de bruços na cama, com uma mão segurando o telefone.

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A necropsia indicou morte por ingestão excessiva de diferentes remédios. “Overdose acidental ou suicídio”, afirmou o legista. Mas os teóricos da conspiração acreditaram se tratar de um assassinato. A estrela de Hollywood mantinha relações perigosas com alguns dos homens mais poderosos dos Estados Unidos.

Na Netflix, o documentário ‘O Mistério de Marilyn Monroe: Gravações Inéditas’, apresenta detalhes desses romances tóxicos e potencialmente destrutivos. O escritor inglês Anthony Summers, famoso por biografias de grandes figuras históricas, cedeu fitas K-7 com entrevistas de dezenas de pessoas que conviveram com a loira.

Ele fez uma investigação ao longo de 3 anos em busca de dados inéditos sobre a investigação da morte de Monroe. Descobriu que a estrela era monitorada pelo FBI muito tempo antes de morrer. Havia desconfiança de sua amizade com americanos de esquerda, alguns assumidamente comunistas. Sem alarde, ela visitou expatriados políticos no México.

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Essa suposta militância secreta de Marilyn apavorou seus principais amantes, John e Robert Kennedy, presidente e procurador-geral dos Estados Unidos, respectivamente. De acordo com o documentário, ambos romperam o affair com a atriz por temer contaminação política. Estavam mergulhados na Guerra Fria contra a União Soviética e poderiam ter a imagem pública destruída por inimigos que também espionavam Marilyn a fim de reunir provas contra ela e os Kennedy.

A produção tem visual interessante, com cenas de arquivo da era de ouro de Hollywood e da Los Angeles das décadas de 1950 e 1960. Acerta ao colocar atores encenando e dublando os áudios das pessoas ouvidas pelo autor britânico e por não alimentar as teorias da conspiração. Os fatos apurados se impõem sobre a lenda.

Mas fica evidente, quase incontestável, que gente influente encobriu o que realmente aconteceu horas antes de Marilyn Monroe ser declarada morta. A visita de um homem à casa da artista, com acalorada discussão, teria sido o gatilho para o consumo letal de medicamentos naquela noite sombria.

Passados 60 anos, sua fama e o mistério a respeito de seu fim precoce continuam a fascinar. Suicídio? Overdose acidental? Crime passional cometido por um amante? Assassinato por ser comunista e uma ameaça ao clã Kennedy? Morta por rivais do presidente democrata na intenção de comprometê-lo? Nunca saberemos 100% da verdade – e a graça está justamente aí.

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