Com menos de duas semanas no ar, o ‘BBB25’ já frustra pela pasmaceira. Parece uma colônia de férias de pessoas desinteressadas em aproveitar a vida. Falta energia, ambição, atrevimento, sede de protagonismo.
A maioria se retrai, provavelmente, por medo. Ou melhor, medos. O receio de não calcular o efeito de palavras e atos. O pânico de desagradar ao público votante. O pavor do cancelamento por qualquer bobagem.
Por isso, assistimos a não apenas uma ‘planta’, e sim a uma plantação farta. Vários turistas que foram passear no cenário do ‘Big Brother’. Gente esquecível não merecedora da vaga. Onde estão os jogadores?
A salvação seria a interferência – para não usar a palavra manipulação – da direção do programa: mais dinâmicas causadoras de conflitos, mais disseminação de intrigas, mais surpresas incômodas para estremecer o tédio diário.
Não adianta deixar o reality show correr solto quando o elenco insiste em manter o freio de mão puxado. É necessário pisar no acelerador, fazer movimentos bruscos e meter a mão na buzina. Falta um motorista arrojado e ágil no comando do ‘BBB25’.
A transferência da direção de Boninho para Rodrigo Dourado criou a (falsa) impressão de que a nova edição ganharia mais potência. Afinal, já houve tanta reclamação em anos anteriores... Mas o que se vê é apenas a continuidade do que não estava bom.
Com média de 16 pontos até aqui, o programa tem o pior início de uma edição no Ibope. Nas redes sociais não se nota grande entusiasmo. Pelo contrário: sinais de impaciência.
Ninguém mais gasta longo tempo diante da TV à espera de que algo curioso aconteça. Há muito mais a se ver em outras fontes de entretenimento. O ‘BBB25’ está tão apático que até seus haters estão desiludidos, e faz o inimaginável acontecer: sentir saudade do Davi Brito.