A partir de nota no site ‘Na Telinha’, vários portais e blogs destacaram a informação de que um grupo empresarial pretende reativar a TV Tupi, primeira emissora brasileira, fundada em setembro de 1950.
A coluna entrou em contato com a assessoria de imprensa do Ministério das Comunicações (MCom). A partir da Lei de Acesso à Informação, questionamos se há um pedido oficial para regularizar a volta do canal.
“O Ministério das Comunicações informa que não há nenhum processo em andamento relativo à TV Tupi”, respondeu a pasta sob o comando do ministro Juscelino Filho.
Inaugurada pelo magnata da comunicação Assis Chateaubriand, dos Diários Associados, a TV Tupi chegou a ser líder de audiência quando competia com outras redes, como Excelsior e Record.
Foi declarada extinta em julho de 1980, após longa crise financeira, greve de funcionários e centenas de demissões. O governo do então presidente militar João Batista Figueiredo não atendeu ao pedido de um grupo de funcionários que pretendia assumir o negócio.
As concessões da Tupi foram repassadas a Silvio Santos (que fundaria a TVS/SBT no ano seguinte), a Adolpho Bloch (dono da TV Manchete, inaugurada em 1983) e à família Civita, da Editora Abril (o grupo usaria o sinal para colocar no ar a MTV Brasil).
Caso os tais investidores queiram relançar a Tupi como rede de TV, terão de comprar, arrendar ou se associar a emissoras já existentes ou participar das futuras licitações do governo federal para conseguir uma nova concessão pública de transmissão.