Localizado na região central de São Paulo, Higienópolis ganhou um inusitado ponto turístico desde que viralizou o podcast ‘A Mulher da Casa Abandonada’, escrito e narrado pelo jornalista Chico Felitti.
A pacata rua Piauí teve congestionamento de carros e curiosos. Nas horas mais movimentadas, viaturas da polícia se posicionaram diante do imóvel decadente de número 1.111 para evitar tumulto.
A tal ‘senhora do rosto com pomada branca’, Margarida Bonetti (Mari para os íntimos), que seria fugitiva do FBI, deixou a casa às pressas. Seus cães foram resgatados pela ONG da apresentadora e ativista Luísa Mel.
No entorno do casarão decadente, avaliado em R$ 10 milhões, vivem muitos famosos. Escolheram o bairro pela tranquilidade, as ruas arborizadas e o status.
Quando alguém diz “moro em Higienópolis”, imagina-se que seja rico ou de família tradicional (as duas coisas, talvez). Várias celebridades preferiram se estabelecer ali do que encarar a agitação dos Jardins.
A duas quadras da ‘casa abandonada’ moram quase vizinhas as apresentadoras Sonia Abrão e Silvia Poppovic. Perto fica o prédio de esquina onde Jô Soares possui dois andares.
A pouco passos dali mora o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Perto está o edifício onde William Bonner tem um apartamento. Não muito longe vive o humorista Tom Cavalcante.
Rita Lee se refugiou em um sítio, mas mantém um imóvel no bairro. Quem também escolheu Higienópolis foram Adriane Galisteu, Carolina Ferraz, Denise Fraga, Marcos Caruso, Gloria Menezes. Aguinaldo Silva e Lília Cabral.
O povo da moda gosta do ‘hype’ do lugar. São moradores: a apresentadora Lilian Pacce, a consultora Costanza Pascolato, a editora Regina Guerreiro e a modelo Carol Trentini.
Anteriormente à repercussão da ‘casa abandonada’ e sua moradora misteriosa, Higienópolis gerou manchetes pelo protesto de alguns moradores elitistas contra a construção de uma estação de metrô no coração do bairro, em 2010.
Uma mulher ouvida pela ‘Folha de S. Paulo’ reclamou que “gente diferenciada” invadiria a região. O termo elitista viralizou e provocou manifestações debochadas. Sensível às reivindicações da classe média alta, o governo de SP mudou a estação de lugar.