Terceira filha do rei Carl Gustav e da rainha Sílvia, a princesa Madeleine da Suécia não quer uma vida de conto de fadas. O pomposo título de duquesa de Hälsingland e Gästrikland não faz a menor diferença para ela. A caçula dos monarcas deseja uma rotina comum, sem glamour, distante de palácios e castelos.
Sua fuga da realeza começou em 2013, quando se casou com o banqueiro anglo-americano Christopher O’Neil. Apesar de ser rico de nascença e educado em colégios da elite, ele detesta o ambiente suntuoso da nobreza. Madeleine passou a pensar da mesma maneira.
O casal decidiu não morar em Estocolmo, capital da Suécia. Viveram em Nova York, Londres e agora estão de mudança com os três filhos – Leonore, Nicolas e Adrienne – para um endereço secreto no estado da Flórida. O’Neil, que abriu mão de receber um título de nobreza e a cidadania sueca ao se casar com Madeleine, quer que as crianças cresçam sem a pressão da corte e a intromissão da imprensa europeia.
Anos atrás, numa entrevista bombástica, o banqueiro explicitou a aversão ao protocolo da monarquia: “Sou eu que sustento minha família. Trabalho para colocar comida em casa e às vezes não tenho tempo para atos oficiais”. Os súditos ficaram horrorizados. Na Suécia, o genro rebelde dos reis é considerado esnobe. Ele já foi duramente criticado por não ter participado de importantes eventos que reuniram a família real e o povo.
Linda como uma estrela de cinema, Madeleine apoia o marido e também evita a superexposição de sua família. Parece ter ficado traumatizada depois de ter a intimidade devassada no início de 2010. Jornais revelaram que a princesa havia sido traída pelo então noivo, o advogado Jonas Bergström. Na época, ele mantinha um romance com uma modelo norueguesa. Com o escândalo midiático, o casamento real foi rapidamente desmarcado.
Madeleine, de 36 anos, tem ligação com o Brasil. Sua mãe, a rainha Sílvia, nascida na Alemanha, é filha de um empresário alemão e de uma brasileira de tradicional família paulista, Alice Soares de Toledo Sommerlath, falecida em 1997. Quando criança, Silvia morou em São Paulo e fala português fluentemente. Desde que se tornou rainha da Suécia, em 1976, já visitou várias vezes o País, onde financia projetos sociais. Discreta e elegante, ela também detesta ver a família difamada na imprensa.