Aos 75 anos, Ney Matogrosso está cada vez mais interessado em atuar, o que já fazia antes de conquistar fama no grupo ‘Secos & Molhados’, na década de 1970.
Desde a elogiada performance no filme ‘Luz nas Trevas – A Volta do Bandido da Luz Vermelha’, de 2012, ele tem reservado espaço na agenda para novos projetos diante das câmeras.
No ano passado protagonizou mais um drama, ‘Ralé’ – com a mesma diretora dos dois longas, Helena Ignez, fez ainda o média-metragem ‘O Poder dos Afetos’.
No segundo semestre, voltará aos cinemas brasileiros contracenando com Cauã Reymond em ‘Não Devore Meu Coração’.
Em Guimarães, cidade do norte de Portugal, Ney acaba de rodar algumas cenas de ‘Caminhos Magnéticos’, com estreia prevista para 2018. Em junho, ele retorna àquele país para filmar as sequências finais.
Na nova investida cinematográfica, o ícone da MPB interpreta um médium brasileiro com visões catastróficas a respeito do futuro da humidade.
“O filme fala sobre este mundo muito obscuro para o qual nos encaminhamos. Ou, melhor, no qual já estamos vivendo”, disse o multiartista ao jornal ‘Clarín’, de Buenos Aires, na Argentina, onde fez show esta semana no famoso Teatro Gran Rex.
“A atuação me fascina. Para mim, que sou tão extrovertido, é um grande exercício”, explicou o cantor.
Na TV, Ney Matogrosso ganhou homenagem de Ângela Chaves e Alessandra Poggi, autoras da supersérie ‘Os Dias Eram Assim’, da Globo.
O personagem vivido por Maurício Destri foi inspirado no cantor. Leon é um artista transgressor e destemido que enfrenta a repressão do regime militar nos anos 1970 – trajetória semelhante à de Ney, que naquela época se apresentava com figurino exótico, maquiagem artística e muito requebrado, desafiando a censura e a homofobia.