“Mãe, eu tô na Globo”. A frase dita por um anônimo se tornou uma espécie de mantra. Apesar da popularidade das redes sociais, onde qualquer um pode ter seus 15 segundos de fama, a maioria dos brasileiros interessados em mídia deseja mesmo é mostrar a cara no canal mais visto, amado e odiado do país.
A anunciada contratação de Eliana para comandar o ‘The Masked Singer Brasil’ no lugar de Ivete Sangalo – e também fazer parte do ‘Saia Justa’, no GNT – prova que até artistas consolidados fazem concessões para trabalhar na emissora número 1.
Após 15 anos, a apresentadora preferiu não renovar contrato com o SBT, onde era a veterana entre as mulheres no vídeo, e recusou proposta milionária da Record, para ganhar menos na Globo. O status de ser uma global compensa a diminuição do contracheque. Todo sonho tem seu preço.
Fazer parte da TV da família Marinho é o objetivo de parte relevante dos atores, apresentadores e jornalistas. Representa o auge da carreira, o atestado incontestável de sucesso, o orgulho para a família e a redenção pelas dificuldades na trajetória profissional.
Para cantores, se apresentar em algum programa da Globo pode aumentar o valor do cachê de show. Afinal, não há vitrine maior para divulgar o repertório e despertar a atenção de contratantes. Cinco minutos na emissora proporcionam maior alcance do que milhares de execuções em rádios.
Mesmo acusada de ser tendenciosa e manipuladora, e apesar da queda de audiência em consequência da ascensão da concorrência em diferentes plataformas, a Globo ainda possui poder de influência colossal, capaz de elevar ou destruir a imagem de uma pessoa ou marca.
Eliana chega ao canal aos 51 anos. Já é suficientemente famosa, rica e respeitada. Resta brincar no grande playground que são os Estúdios Globo e ostentar o cobiçado crachá com sua foto acima daquela logomarca redonda que habita o imaginário do brasileiro. Ao invés de tim-tim, o brinde pela contratação soa plim-plim.