Em 19 de novembro de 1973, há 51 anos, a pioneira da televisão brasileira, TV Tupi, estreava a novela As Divinas… e Maravilhosas, escrita por Vicente Sesso. A trama tinha diversas protagonistas e uma delas, vivida pela atriz Bete Mendes, desapareceu subitamente da história. O sumiço foi resultado de um acidente da intérprete, que precisou ficar afastada, mas recebeu uma proposta de contrato da Globo e migrou para a emissora rival durante o desenrolar da novela.
Desfalques
O desfalque de Bete Mendes, que dava vida à personagem Catarina, não foi o único em As Divinas… e Maravilhosas. Como recorda o jornalista Nilson Xavier, do site Teledramaturgia, o diretor da novela, Oswaldo Loureiro, foi mais um profissional fisgado pela Globo que deixou a produção no meio de seu desenvolvimento.
Para o problema da ausência de diretor, a solução foi contratar um substituto o mais rápido possível. O escolhido pela emissora foi o diretor Egberto Luiz, que assumiu a frente da novela em momento em que a audiência não se encontrava em sua melhor posição.
Quanto ao sumiço de uma das protagonistas, o autor precisou inventar uma desculpa e incrementar o roteiro: o desaparecimento de Catarina foi explicado como uma ida forçada para um colégio interno, onde a mocinha ficaria afastada de sua paixão por um operário, romance expressamente proibido por sua família.
No final da novela, o folhetim exibiu algumas imagens gravadas no começo da trama para dar um fim à história da personagem de Bete: a moça aparecia feliz com seu par romântico, o operário Lúcio (Ênio Carvalho).
Elenco de peso
Mesmo com os problemas da novela e a audiência não muito significativa, As Divinas… e Maravilhosas foi uma boa obra da Tupi, principalmente, segundo Xavier, pelas atuações do elenco de peso. Personalidades como Nicette Bruno, John Herbert, Maria Aparecida Baxter, Yolanda Cardoso, Nathália Timberg e Procópio Ferreira criaram uma atmosfera marcante no folhetim da Tupi.