Atuar em Malhação desperta em Maria Joana uma sensação de nostalgia. Em sua terceira novela na TV Globo, a intérprete da intensa lutadora Nat encara a trama infantojuvenil como uma forma de se reaproximar de suas origens no teatro, a partir do método de trabalho do diretor geral Luiz Henrique Rios.
Em entrevista descontraída, a atriz relembrou o maior vexame que passou na vida: ''durante uma participação em Pé na Jaca , eu estava de biquíni e caí de quatro no chão com o Marcos Pasquim em cima de mim. Era minha primeira cena na emissora e não conhecia ninguém no estúdio", divertiu-se.
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Além da atribulada rotina de gravações, Maria Joana também conta com um cronograma de aulas com uma preparação específica para a trama de Rosane Svartman e Paulo Halm. "A ideia é desenvolver os detalhes dos personagens. Isso é muito raro na TV. Essa é uma característica do cinema e do teatro. Isso dá a chance de aprimorar o trabalho ao longo do tempo", explica.
Na história, a personagem de Maria Joana entrou para esclarecer o sumiço de Alan, papel de Diego Amaral, quando ele foi dado como morto. "Nessa busca pela verdade, ela acaba se encantando pelo Duca (Arthur Aguiar), irmão do Alan. É uma personagem muito triste e sozinha", ressalta.
Convidada para integrar o elenco da trama um mês após a estreia, a atriz contou com o auxílio do professor de muay thai Flávio Almendra para incorporar o perfil de uma lutadora. Ainda assim, o esporte não era um universo distante do dia a dia de Maria Joana.
"Sempre pratiquei boxe. Usei o que eu já sabia e fui agregando aos ensinamentos do muay thai. O mais importante é encontrar a expressão corporal da personagem. O atleta de muay thai tem um corpo 100% presente e consciente. Está sempre em alerta", afirma.
Além do folhetim adolescente, a atriz também pode ser vista em outros dois trabalhos simultâneos: a série Meu Amigo Encosto , do Viva, e a produção norueguesa Lilyhammer , exibida pelo site de streaming Netflix. Inclusive, a oportunidade de atuar nos mais diferentes veículos é o que movimenta a carreira de Maria Joana desde sua estreia nos palcos quando criança.
"Quanto mais ferramentas você tiver, melhor. Atualmente, formatos engessados passam por fortes mudanças. Por isso, é um privilégio experimentar", aponta.
Nome: Maria Joana Felipe Chiapetta de Azevedo
Nascimento: 27 de julho de 1986
O primeiro trabalho na TV: Araguaia , da TV Globo, em 2010
Momento marcante: "o primeiro trabalho é sempre inesquecível. É o começo de tudo"
O que falta na televisão: ''no geral, falta mais tempo de preparação para as novelas. Às vezes, é muito complicado fazer uma cena com algum ator que você acabou de conhecer. O que temos em Malhação é algo raro''
O que sobra na televisão: ''um apelo corporal forte das mulheres. Muitas cenas exibem uma nudez desnecessária''
Ator: Tony Ramos
Atriz: Cássia Kis Magro
Homem bonito: Brad Pitt
Mulher bonita: Amanda Peet e Julia Roberts
Se não fosse atriz, o que seria: psicóloga
Novela preferida: O Cravo e A Rosa , de 2000, da TV Globo
Vilão marcante: Adriana Esteves como Carminha, em Avenida Brasil
Personagem mais difícil de compor: "a Rita, do Meu Amigo Encosto . Fazer comédia era uma situação nova. É um tempo totalmente diferente e ágil''
Papel que mais teve retorno do público: a Nat, de Malhação
Que novela gostaria que fosse reprisada: Avenida Brasil
Papel que gostaria de representar: ''uma vilã ou alguma personagem com um desequilíbrio emocional"
Filme: A Bela do Palco , de Richard Eyre, de 2004
Livro de cabeceira: ''adoro os mais diversos romances japoneses''
Autor: o sueco Stieg Larsson
Diretor: Quentin Tarantino
Vexame: ''durante uma participação em Pé na Jaca , eu estava de biquíni e caí de quatro no chão com o Marcos Pasquim em cima de mim. Era minha primeira cena na emissora e não conhecia ninguém no estúdio"
Mania: ''de arrumação e limpeza. Quando estou na casa de alguém, eu preciso lavar a louça"
Medo: ''de me arrepender de coisas que nunca fiz''
Projeto: ''quero muito fazer um filme sobre dança''