O fim da ‘Casa dos Artistas’ completará 20 anos em outubro. A maioria da Geração Z e toda a Geração Alpha não têm dimensão do sucesso das quatro edições produzidas pelo SBT entre 2001 e 2004.
A ideia saiu da cabeça genial de Silvio Santos. Ele conheceu o ‘Big Brother’ durante uma temporada nos Estados Unidos e soube que o programa criado nos Países Baixos (mais conhecidos como Holanda), em 1999, era o novo fenômeno mundial da TV.
Tentou comprar os direitos, mas a Globo havia sido mais rápida. O que Silvio fez? Criou seu próprio ‘Big Brother’, batizado de ‘Casa dos Artistas’ por privilegiar famosos e subcelebridades.
A produção foi montada em tempo recorde. No dia 28 de outubro de 2001 estreava a primeira edição após chamadas misteriosas que não revelavam quase nada – uma estratégia para evitar que a Globo alegasse plágio e tentasse uma liminar proibindo o programa.
Dito e feito. O canal de Roberto Marinho ficou furioso. Logo entrou na Justiça. Conseguiu uma decisão temporária que tirou a ‘Casa’ do ar, mas o jurídico do SBT derrubou o despacho. Essa guerra nos tribunais durou até 2015, quando a emissora da Anhanguera foi condenada a pagar R$ 18 milhões à maior concorrente.
A ‘Casa dos Artistas 1’ fez tanto sucesso quanto as melhores edições do ‘BBB’. A então desconhecida atriz Bárbara Paz conquistou a simpatia do público, viveu um romance com o roqueiro Supla e venceu o programa.
Outro destaque foi Alexandre Frota. O ator se revoltou com um VT que mostrava seu plano de votos e desistiu da competição. Em reunião, Silvio o convenceu a voltar uma semana depois.
A estreia marcou 33 pontos, superando o ‘Fantástico’. Derrotou algumas vezes a novela ‘O Clone’. Na final, alcançou média de 47 pontos. Por um lado, o reality do SBT quebrou a surpresa do formato comprado pela Globo. De outro, aumentou a curiosidade a respeito do ‘BBB 1’, que começou 44 dias após o fim da primeira ‘Casa dos Artistas’.