O programa ‘Morning Show’ exibiu uma entrevista com Jeffrey Harmon, produtor de ‘Som da Liberdade’, um dos filmes mais comentados do ano.
No longa baseado em fatos reais, o ator Jim Caviezel interpreta o agente do governo dos Estados Unidos Tim Ballard.
Ele se embrenha na Colômbia para libertar crianças sequestradas por uma rede de tráfico. O personagem e a operação são verídicos.
O filme foi acolhido pela direita e os religiosos norte-americanos. Enxergam na trama um apoio à QAnon, teoria sobre a existência de uma seita de pedófilos e canibais de Hollywood e do Partido Democrata.
Pessoas famosas e influentes financiaram o sequestro de crianças para realizar uma série de atrocidades, como abuso sexual, venda de órgãos e rituais satânicos.
À Jovem Pan News, Jeffrey Harmon negou que o roteiro de ‘Som da Liberdade’ faça referência subliminar a essa crença sustentada por conservadores e, especialmente, eleitores de Donald Trump.
“O filme não tem nada a ver com política. Quem já o assistiu sabe que não tem a ver com teoria da conspiração”, afirma. “As pessoas são partidárias. Sempre que aparece algo que é rotulado, as pessoas querem ficar de um lado.”
A controvérsia ganha força pelo posicionamento de Jim Caviezel. Em outubro de 2021, o astro do filme discursou em um evento para simpatizantes da QAnon. Ele é católico fervoroso e uma pessoa não muito bem-vista pelos grandes estúdios de Hollywood.
No Brasil, assim como nos Estados Unidos, uma campanha distribui ingressos de graça de ‘Som da Liberdade’ a partir do dinheiro conseguido com doadores não identificados. Sites e perfis de redes sociais associados à direita incentivam seus seguidores a assistirem à obra.