“A televisão matou a janela”, escreveu o genial dramaturgo Nelson Rodrigues, referindo-se ao antigo hábito de se entreter acompanhando o movimento da rua.
A TV realmente nos faz observar menos o que acontece lá fora, ainda que abra nossos olhos para o mundo.
A GfK, empresa que faz aferição de audiência das emissoras, realizou um levantamento sobre a relação do telespectador brasileiro com a televisão.
O resultado reflete quase 17 mil entrevistas em 15 regiões metropolitanas. Acompanhe alguns dados da pesquisa:
.Fortaleza, no Ceará, é a capital com o maior percentual de aparelhos de TV de tubo: 58%.
.Brasília, no DF, possui mais casas com TV de tela plana: 72%.
.É também na capital federal onde a pesquisa encontrou o maior número de smartphones com TV: 26%.
.A cidade com o menor índice de TV paga nas residências é Recife: apenas 21% pagam pelo serviço.
.O Rio é a região com mais domicílios com TV fechada: 60%.
.Salvador, capital baiana, se destaca por uma característica interessante: 89% dos domicílios têm a TV principal no quarto, e não na sala.
.Em Florianópolis, Santa Catarina, registrou-se a maior concentração de casas com TV On demand (possibilidade de assistir ao conteúdo de TV quando desejar, fora do horário da programação): 27%.
.Apesar do crescimento do consumo de internet no País, o brasileiro assistiu mais TV em julho deste ano, tradicional mês de férias, do que no mesmo período de 2016: aumento de 6% – os telespectadores ficaram em média 8 horas e 8 minutos diante da tela.
Adorada e criticada, a televisão ainda exerce imensurável influência na vida da maioria dos brasileiros.
De acordo com a GfK, cada casa possui, em média, 1,7 aparelho de TV. Considerando que, segundo o IBGE, o Brasil tem 65 milhões de domicílios, são pelo menos 110 milhões de TVs no País.
Basta espiar pela janela da sua casa para ver todas essas telas ligadas por aí.
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