Palmirinha Onofre cozinhou na televisão por mais de 30 anos. Uma trajetória marcada por receitas deliciosas, risadas, gafes, choros de emoção e dois desentendimentos.
O primeiro deles foi com a TV Gazeta de São Paulo, para onde ela se transferiu em 1997 após o fim de sua parceria com Ana Maria Braga no ‘Note e Anote’ da Record.
Depois de 13 anos na emissora, onde participou de diferentes programas, ela decidiu não renovar o contrato a fim de tirar um período de descanso e cuidar da saúde.
A saída não foi bem recebida pela cúpula da emissora. Palmirinha teve de cumprir a ordem de gravar o último programa, sem se despedir ao vivo de suas “amiguinhas”, como desejava. Em entrevistas, ela manifestou mágoa pelo tratamento.
Em 2014, quando estava no canal Bem Simples, a cozinheira desfez a parceria com Anderson Clayton, manipulador do boneco Huguinho, rebatizado como Guinho depois da saída da Gazeta.
Além de participar da bancada, ele era empresário artístico e assessor de imprensa da apresentadora. Palmirinha alegou que não estava satisfeita com o gerenciamento de sua carreira. O ex-companheiro profissional disse ter havido “ingratidão”.
O rompimento gerou uma batalha na Justiça. Houve acordo. Eles chegaram a conversar pacificamente após algum tempo. Em 2020, Anderson Clayton visitou a apresentadora durante uma internação hospitalar.
“Agora, que tenho que me despedir de você, dói tanto pensar que nunca mais vou gravar com você nossos programas. Mas, mesmo assim, sei que você estará sempre presente em minha vida”, escreveu o empresário em carta aberta a Palmirinha postada no Instagram.
A apresentadora e culinarista morreu neste domingo (7), aos 91 anos, em consequência de complicações renais. Deixa filhas, netos, fãs e um legado divertido e comovente na televisão.