Pedro Goifman marcou a sua estreia na Globo na última segunda-feira, 04, na novela das seis, Garota do Momento, vivendo o personagem Guto, um menino estudioso e sensível, filho de Anita (Maria Flor) e Nelson (Felipe Abib), e irmão de Edu (Caio Manhente). Em entrevista à CARAS Brasil, o ator fala sobre experiência em novela, personagem e confessa desejo profissional.
Leia a entrevista na íntegra
Estreia na TV aberta
"Está sendo muito bom explorar uma linguagem nova. O que mais tem me encantado é trabalhar com situações e personagens abertos à mudança. O fato de que a reação do público pode interferir na trama é maravilhoso. É a concretização da ideia do espectador como coautor."
Como conseguiu o papel em Garota do Momento
"Veio através do meu agente. Soube que existia um personagem que eu poderia fazer, e a partir de uma Self-Tape, fui selecionado para uma oficina e por fim fiz um teste de química com a Klara Castanho."
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Relação com o formato novela
"Novela sempre esteve presente na vida das minhas avós, Thereza e Berta, consequente e indiretamente, na minha também. Eu comecei a atuar muito jovem, e no cinema, então me entender ator de novela é uma novidade. E estou muito feliz de saber que elas estão me assistindo."
Personagem Guto
"O Guto é um personagem sensível, que consegue conciliar os estudos para o vestibular de medicina, com a as novas experiências da juventude. Ao lado de Carlito e Topete, faz parte da Gangue da Lambreta - que causa muita confusão. A sua relação familiar é complexa: Guto é filho de Nelson - pai e marido autoritário e Anita - uma sensível e amorosa dona de casa - e irmão de Edu irmão carinhoso e sonhador. Além disso, é par romântico da doce Eugênia.
Podemos esperar muita diversão, reviravoltas e tensão. Tenho certeza que é um personagem que irá surpreender. Acredito que o maior desafio seja compor um personagem em uma obra aberta, o que é muito diferente do processo de criação. É acompanhar as mudanças e reviravoltas de uma história ainda desconhecida. Uma das muitas coisas que já me marcaram nesse processo foi ler uma biografia do James Dean, personalidade que é muito presente em toda ambientação da novela, que ressignificou meu olhar para atuação."
Racismo e machismo abordados na trama
"Estamos falando de preconceitos impregnados na nossa sociedade há muito mais de 70 anos: ideias que infelizmente foram fundantes na concepção de país construída. É importante, na maior emissora e no maior produto do entretenimento brasileiro, termos uma história protagonizada por uma atriz negra, em uma personagem bem construída, que se mostra forte e dona de si. Estamos muito longe do ideal, mas esses passos são necessários."
Personagem que sonha em viver e atores que sonha em trabalhar
"Tenho um desejo muito grande de estar em um filme de grandes crimes. Duas pessoas que eu sonho em contracenar são Fernanda Torres e Márcio Ballas. Além de adorar a ideia de um dia poder ser filho da Gilda Nomacce."
Principais diferenças entre atuar em teatro, cinema e teledramaturgia
"São linguagens bastante diferentes, mas acredito que entre teatro e qualquer uma das outras variantes, é a resposta do público, que está presente, no mesmo lugar em que estamos atuando. Ter uma reação instantânea e absolutamente mutável ao que é entregue. A televisão vem me surpreendendo na rapidez em que as coisas são feitas. Já no cinema, sinto que a câmera te procura mais do que você procura ela. O cinema é minha casa, a linguagem que eu mais tenho intimidade. Mas a televisão tem sido minha mais nova grande paixão."
2025: estreia na série do Disney+, Tarã e futuros projetos
"Além do Tarã, serão lançados os longas Eclipse, com direção de DjinSganzerla e Não Estou Aqui, com direção de Cristiano Burlan. Também estou em fase de pós-produção de um curta que dirigi, Adrenalina. No Tarã eu vivo o Kauê, um menino doce e sensível, que acabou de voltar de Berlim, onde estudou moda. A experiência foi incrível. Gravar no Acre foi uma oportunidade única."
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