Personagens com comportamento sexual peculiar chocaram o público de novelas

Práticas incomuns ressaltaram diferentes maneiras de sentir prazer e estimularam o debate sobre a amplitude da sexualidade

18 out 2022 - 12h54

Em ‘Travessia’, o adolescente Rudá (Guilherme Cabral) é um assexual estrito. Não sente desejo sexual por ninguém. 

No espectro da assexualidade, existem diferentes graus de desinteresse em praticar relação sexual. 

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Desde quem transa apenas eventualmente até aquele que jamais tem contato sexual com outra pessoa. 

Como a sexualidade humana é fluida, o assexual estrito pode passar a sentir desejo em algum momento. 

Outras condições sexuais diferentes foram exploradas por autores de folhetins da TV. 

O milionário Percy (Gabriel Braga Nunes) de ‘Verdades Secretas 2’ (2021), praticava o sadomasoquismo. Gostava de dominar a garota de programa Angel (Camila Queiroz) e sentia prazer em gerar dor física na parceira. 

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Em ‘O Sétimo Guardião’ (2018), o viril delegado Machado (Milhem Cortaz) se realizava ao usar calcinhas no dia a dia e na hora do sexo. Sua mulher, Rita (Flávia Alessandra), aceitava a situação inusitada.

A trama apresentava também um trisal, formação afetiva cada vez mais comum na sociedade. Sampaio (Marcello Novaes), Laura (Yanna Lavigne) e Louise (Fernanda de Freitas) eram cúmplices nas maldades e na cama. 

Em 2010, os telespectadores de ‘Passione’ passaram 6 meses se perguntando: qual o fetiche ‘proibido’ escondido pelo bonitão Gerson (Marcello Antony)? 

Ele passava bastante tempo diante do computador. Na época, cogitou-se de tudo. A revelação surpreendeu. “Gosto do que é mais sujo e pervertido em relação ao sexo”, admitiu. 

Gerson se excitava, por exemplo, ao ver gays transando em banheiros públicos, e gostava de observar o sexo entre prostitutas e seus clientes. Boa parte dos telespectadores ficou enojada. 

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Os noveleiros riram muito com a carola Cinira (Rosane Gofman) em ‘Tieta’ (1989). Virgem e reprimida, ela tinha tremeliques quando ficava perto de homens descamisados, via cenas sensuais ou se imaginava fazendo sexo. 

Precisava ser repreendida por suas amigas, como a vilã Perpétua (Joana Fomm), para controlar o tique nervoso em seu corpo. A reação parou após se casar com o bonachão Jairo (Elias Gleizer). 

Na mesma novela, havia a Mulher de Branco. A figura misteriosa atacava sexualmente homens da cidade em noites de lua cheia. No desfecho, o público descobriu se tratar de Laura (Claudia Alencar). 

Ela era ninfomaníaca, ou seja, tinha um desejo compulsivo por sexo. Mesmo sentindo prazer com o marido, comandante Dário (Flávio Galvão), a dona de casa precisava buscar outros homens na rua. 

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Os especialistas afirmam que o desejo sexual é considerado saudável quando não produz dependência e compulsividade, não coloca o praticante em perigo nem impõe sofrimento ao parceiro ou parceira.

Cinira, Gerson, Machado, Laura e Percy: novelas mostraram que a busca pelo prazer vai muito além do óbvio
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Foto: Reproduções
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